terça-feira, 30 de novembro de 2010

Central de Lamas em São Bartolomeu de Messines, na versão Águas do Algarve/AdP Energias do Grupo Águas de Portugal.

A convite da Sociedade Águas de Portugal, deslocou-se a Palma de Maiorca, Espanha uma representação do Munícipe de Silves composta por um elemento de cada força política com assento na Câmara Municipal e pelo Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Messines, com o objectivo era conhecer in loco a Central de Lamas, por ser o sistema que se pretende instalar no sítio do Escolar da referida Freguesia.
Pese embora, tudo ter sido feito em tempo recorde, sempre foi possível recolher algumas informações sobre o seu funcionamento.
Desde logo, deparei-me com o elevado profissionalismo dos técnicos e a excelência das instalações que por lá encontramos.
Confesso. Fiquei, agradavelmente surpreendido mas ainda não estou convencido.
Bem sei, que o Pais está na posição de incumpridor, perante a Comunidade Europeia no que á matéria ambiental diz respeito. Tem e deve cumprir a directiva comunitária. È certo.
Mas, para nós, confrontados que estamos com a pretendida instalação de uma Central de Lamas no nosso território, importa não enveredar por um pseudo sentimentalismo patriótico, ou armarmo-nos em defensores de toda uma Região.
Desculpem, não estou para aí virado. Fui eleito para defender os interesses de quem me elegeu, e pretendo fazê-lo. Venham as pressões de onde vierem.
O meu caderno de encargos é simples. Do seu cumprimento dependerá o meu voto favorável:
1- Conhecer o projecto em concreto. Pois, perfilham-se várias soluções, nem todas com os mesmos resultados. E, aqui o elemento económico pode ditar as suas regras.
Em Palma de Maiorca, a estrutura metálica é hermética, fechada, e revestida a vidro.
O que traz outra segurança á Central. Recuso-me assim, por razões óbvias, a aceitar que o vidro seja substituído por plástico, como já se ouve por aí.
2- A construção de um sistema de depuração de odores. A sua eficácia terá de ser garantida pelo promotor.
3- O controlo do ruído deverá ser ma realidade.
4- Limpeza do rodado dos camiões á saída da Central.
4- A construção de um novo acesso (ida e volta) que não conflitua com as moradias e restaurantes existentes. Há várias soluções possíveis a partir da Auto-Estrada.
5- Constituição de uma Comissão de Acompanhamento constituída por técnicos independentes, representantes do Promotor e da População, de forma a despistar o facilitismo e subir a qualidade do empreendimento.
6- Envolvimento da Associação Ambientalista Quercus-ANCN no projecto.
Aproveito para informar que tenho vindo a solicitar-lhe e recebido os imprescindíveis esclarecimentos.
Aliás, foi através da Querqus que consegui contactar a Associação espanhola GOB Grupo Balear d´Ornitologia i Defensa da la Naturalesa de Palma de Mallorca que se disponibilizou para nos ajudar.
7- O elemento humano será um factor essencial e determinante a ter em conta. Aliás, dele depende o sucesso do projecto e o nosso bem-estar.
8- Finalmente, as contrapartidas que a População local merece e exige.
Sou claro. Não quero que volte a acontecer em Messines o que se verificou em Silves aquando da discussão do Aterro Sanitário. Ficamos com o dito á porta do Concelho sem as contrapartidas que foram todas para a zona ribeirinha de Portimão.
Num projecto superior a seis milhões de euros, terá forçosamente que haver uma verba suficiente para compensar a população por ter que conviver diariamente com a Central

2 comentários:

  1. Isso façam o mesmo que aconteceu em Silves , os chicos espertos , não queriam , mas ficaram na mesma com a porcaria e sem contrapartidas ! e agora vai acontecer o mesmo ! um outro concelho "por exemplo Loulé ,vai querer mesmo juntinho a S.B.Messines !

    ResponderEliminar
  2. Importa aprender com o passado, mas não a qualquer custo

    ResponderEliminar