quinta-feira, 29 de julho de 2010

Os Trabalhadores da Câmara Municipal utilizados em joguete político.

Bem sei que não é a primeira, nem será a última vez que tal acontece mas, no presente, importa reter a grande habilidade de quem manda na Autarquia para retirar dividendos do que não faz, porque o não pode fazer, mas mesmo assim consegue responsabilizar a Vereação do Partido Socialista junto de alguns dos destinatários.
Brilhante, reconheço.
Recordam-se seguramente que, em 06-01-2010, esteve agendada uma proposta da Srª. Presidente para a alteração da posição remuneratória dos trabalhadores, e a promoção de dois funcionários a Chefe de Divisão por mérito que seriam colocados na posição 8, nível remuneratório 39 da carreira.
Assumo, na altura por ter dúvidas, pedi o adiamento da discussão e que a mesma fosse agendada na reunião seguinte. Longe de mim, pensar que tal nunca mais aconteceria, não obstante a minha grande insistência. Entretanto, era apontado por estar a prejudicar os trabalhadores com o meu sentido de voto, logo num processo que nunca foi submetido á votação.
Extraordinário mesmo.
Assim, na reunião do dia 21 de Julho corrente, aproveitando a presença da Drª. Isabel Cabrita, interpelei formalmente a Presidente da Câmara para cabal esclarecimento do assunto.Quis saber a razão do não agendamento.
A resposta obtida, foi muito simples: “a Lei não o permite”.
Ficou registado em acta para todos terem conhecimento.

Comissão de trânsito de férias.

Na passada reunião, interpelei o Presidente da Comissão de trânsito sobre a necessidade de agendamento de uma reunião para ser analisado o caos que existe na Cidade de Silves.
Não esqueço assim, os sucessivos comentários que gentilmente me fizeram chegar.
Bem sei que não é fácil admitir o erro, mas tem que haver coragem e humildade no reconhecimento de que o trânsito deve ser alterado, e rapidamente.
Por isso, não acolhi com satisfação a resposta do Vereador Rogério Pinto de que em Setembro logo falaremos do assunto.
Está dito…vivam as férias.

Cooperativa CHE União Silvense. Um historial de hipotecas e penhoras.

Preferi destacar a situação patrimonial da Cooperativa para melhor compreensão do que está em jogo e a urgência que o processo merece de todos nós.
A Câmara Municipal de Silves protocolou com a Cooperativa a cedência de terrenos, mediante a entrega de nove fogos quando construídos. Nenhuma garantia foi contemplada nesse documento.
Aquando do financiamento do IHRU, a Cooperativa hipotecou toda a construção presente e futura, incluindo os fogos que seriam entregues à Autarquia.
A EDIFER, a Sociedade construtora, exerceu o Direito de Retenção por não pagamento, e assim grande parte do património encontra-se penhorado a seu favor.
A Sociedade MISIL-Silva & Miranda Lda penhorou 16 fracções.
Está agendada para os finais de Setembro, a venda de uma fracção no âmbito de um processo fiscal, desencadeado pela Serviços de Finanças de Silves. Outras poderão seguir-se. Por sua vez, pequenos fornecedores já desencadearam os respectivos processos judiciais…Daí que a margem negocial se encurta em cada dia que passa.
Penso assim, ter contribuído para trazer mais este processo á luz do dia, de forma a que, todos nós, consciencializados com o que está em causa, possamos ser parte na solução

Cooperatica Che-União Silvense. Impôe-se a realização de novas eleições no mais curto espaço de tempo.

A solução passará por um acordo onde ficará contemplado que todas as pessoas que entregaram dinheiro à cooperativa sejam ressarcidas dos valores entregues”, defendeu o Director José Grave na passada reunião camarária do dia 21-07-2010.
Penso que este é o caminho a seguir e o mais rapidamente possível. Aliás, o tempo não joga, em anda, a favor de uma solução que contribua para minimizar o prejuízo de todos os intervenientes. Pois, é disso que se trata, gerir os danos, limitar os estragos, nada mais…
Sou claro, discordo, não compreendo nem posso aceitar que quem manda na Câmara tenha mandatado os seus Advogados da PLMJ á revelia da Vereação e que nos últimos dois anos nenhuma informação válida tenha sido transmitida ao executivo sobre o andar das negociações.
Pior ainda, não houve a sabedoria necessária para envolver uma das partes no processo, conquistando a sua participação. Pelo contrário, nas palavras do Director José Manuel Grave, a Autarquia “bloqueou e asfixiou a Cooperativa”, obrigando esta a recorrer, por várias vezes ao Tribunal Administrativo de Loulé para obter uma resposta aos seus processos. O que a Dª. Isabel Soares desmentiu e os Serviços camarários negaram.
Não me compete atribuir responsabilidades pela tragédia que se avizinha, nem pretendo fazê-lo. Muito pelo contrário, como Vereador eleito, tenho o dever de contribuir para a solução do grave problema que está colocado a dezenas de Famílias da nossa Cidade.
E, sou claro, não é hostilizando quem quer que seja, que se consegue lá chegar. Aliás, sem uma nova Direcção da Cooperativa, nenhum acordo poderá ser formalizado por falta de legitimidade de uma das partes. Quem se esquecer deste aspecto, peca não por ignorância mas por má fé negocial, animado por outros interesses que, de momento, importa não trazer á colação.
Assim, tudo passa por novas eleições que devem ser realizadas no mais curto espaço de tempo. Eleições essas que poderão ser marcadas a pedido da Direcção ou pelos Cooperantes. Foi o que sugeri na dita reunião e agora torno público.
Por outro lado, á semelhança do que foi feito no Grupo Alicoop, parece-me que a Autarquia deverá solicitar a realização de reuniões com os principais credores: a EDIFER e o IHRU. Se tivermos que voltar a Lisboa, lá estaremos, uma vez mais, e seguramente todos juntos neste novo desafio.

Alisuper- Comunicado do PS de Silves

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Alisuper. O que acontecerá agora aos trabalhadores que contraíram empréstimos, pergunto eu?

Não se pense contudo que os trabalhadores têm a sua situação resolvida com o BPN.
Relembro que na reunião que tivemos, em Lisboa, os Administradores do Banco foram muito claros ao defender que não renunciavam a nenhuma das garantias prestadas pelos trabalhadores quando contraíram, no seu conjunto 1,2 milhão de euros para financiar a Alisuper.
Ou seja, esta Entidade bancária considera ter havido 247 empréstimos individuais e assim os considera. São os trabalhadores, e só eles, os responsáveis pelo reembolso dos dinheiros que não beneficiaram mas receberam, pois tais quantias passaram pelas suas contas. Por breves fracções de segundos, é certo mas por lá passaram…
Cabe agora á nova Administração honrar o que se encontra contemplado no plano de recuperação, assegurando efectivamente o pagamento das responsabilidades bancárias dos trabalhadores, as futuras e todas aquelas que já foram pagas por alguns destes que não quiseram ver os seus nomes enxovalhados na lista dos caloteiros do Banco de Portugal.
Acredito que tal acontecerá e que os Administradores cessantes irão colaborar nesse sentido. Aliás, tudo têm feito nesse sentido, importa reconhecê-lo.
No que me toca, continuarei atento e disponível para tudo o que o futuro nos reservar.

Credores decidem salvar o Grupo Alisuper.

Reconheço, não esperava sofrer tanto para assistir á viabilização do Grupo Alisuper.
È certo que em Tribunal, nada está previamente adquirido, mas daí passar por todas estas vicissitudes para se chegar ao resultado pretendido, não estava nas previsões de ninguém. Asseguro-vos.
A história conta-se em poucas palavras e importa partilhá-la para o registo histórico desta grande luta.
Na deslocação que fizemos a Lisboa, saímos da reunião com o Secretário de Estado Dr. Fernando Medina com a convicção de que tudo seria feito da parte do Governo para assegurar a viabilização. Palavra dada que se revelaria fundamental no que se passou a seguir.
Na Assembleia de credores realizada na Fissul, aos 30 de Junho último, o plano sofreu algumas alterações que levou o Juiz a fixar um prazo de cinco dias úteis para a votação que deveria ser por carta a enviar para o processo judicial. Permitia-se assim um maior estudo e consciencialização do que estava em jogo.
Apareceram as surpresas. A Segurança Social descortinou á última da hora, um condicionalismo legal que a limitava na votação. O seu sentido de voto só poderia ser favorável á insolvência, como assim procedeu.
As contas da viabilização complicavam-se. Tudo ainda ficou pior, quando o BPI e o BPN também se pronunciaram desfavoravelmente. O fantasma da tragédia avizinhava-se…
Valeu-nos, então, e importa realçar a dedicação e o empenho da Srª. Governadora Civil Isilda Gomes e do Secretário de Estado Dr. Fernando Medina que, seguramente, em reuniões sucessivas, conseguiram arrancar a alteração do sentido do voto do BPI e do BPN. Aquele passando a votar favoravelmente, e este abstendo-se como aliás já tinha sido feito pela CGD.
Nota curiosa, o BPN apenas deu entrada do seu requerimento no Tribunal na Segunda Feira, dia 12 de Junho, aproveitando a faculdade que as partes processuais têm de apresentar as suas peças nos três dias seguintes ao fim do prazo, pagando uma multa. Curioso mas significativo, não acham?
Sejamos sinceros, a alteração do sentido de voto dos dois Bancos deveu-se à intervenção do Governo da Nação. Ninguém tenha disso a mínima dúvida.
Se houve contrapartidas como alguns dizem, ainda bem que tal aconteceu por tudo o que o Grupo Alisuper/ Alicoop representa para Silves e para o Algarve.
Apenas um nota final. A decisão do Tribunal só se torna definitiva, passados dez dias mas não acredito que seja impugnada. Os dados estão, assim, lançados para a viabilização. Pena é que se tenha perdido um Verão com tudo o que isso representa nas receitas de um Grupo que pretende reerguer-se das cinzas…

Cooperativa União Silvense ( Enxerim).

Realizou-se hoje a reunião extraordinária que o PS requereu há já 2 meses.
Esperava que tivessem sido convocados o Irhu, a Edifer e a Cooperativa mas apenas apreceu uma Advogada da PLMJ, contratada pela Drª. Isabel Soares.
È certo que fomos informados das sucessivas reuniões havidas desde 2008 entre a CMS e as restantes Entidades mas sem qualquer resultado prático.
Nem sempre o segredo é a alma do negócio, e hostilizar pessoas ainda menos.
Sugeri que a reunião ficasse suspensa para na próxima Quarta fosse ouvido o José Manuel Grave. O que depois de alguma resitência, lá foi conseguido.
Ainda bem...

Reunião Ordinária de Câmara - 21-07-2010

Ordem trabalhos

domingo, 18 de julho de 2010

Cooperativa parada. Cooperantes prejudicados.

No Jornal Correio da Manhã de hoje
Eis, mais um problema camuflado na Cidade de Silves que importa trazer ao conhecimento de todos os Silvenses para, com as informações apuradas, podermos defender os Direitos de largas dezenas de Famílias.
Espero que, á semelhança da Alisuper, também aqui haja um cerrar de fileiras no trabalho em prol da Verdade e no encontrar de soluções.
Lembro que há cerca de dois meses, levantei este problema na comunicação social e propus a realização de uma reunião extraordinária da Câmara que, passado todo este tempo, se realizará amanhã.
Espero que, tenham chamado todos os intervenientes no processo a estar presente, nomeadamente o Director da Colectividade José Manuel Grade.
Permitam-me que vos remeta para o meu post de 18-06-2010, titulado de " Cooperativa União Silvense. Um sonho tornado realidade", que vos dará um pequeno contributo para a análise desta tragédia.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Reunião extraordinária de Câmara 19-07-2010

Ordem de Trabalhos
2. Informações
3. Antes da Ordem do Dia
6. Assuntos Diversos
6.1 - Ponto de situação da CHE – Cooperativa Habitacional Económica - Núcleo do Enxerim.
Encerrado o assunto da Alisuper, devemos, todos nós, ter a mesma preocupação com as Familias que investiram o seu dinheiro e a esperança de um futuro melhor na Cooperativa.E, desculpem quero saber quem remou contra a maré.
A paternidade desta tragédia tem que ser conhecida de todos e as soluções bem explicadas e acompanhadas por todos os intervenientes.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Alisuper- A unidade foi decisiva

Com a alteração de voto do BPN para a abstenção, já não tenho dúvidas de que o Grupo Alisuper será viabilizado.
Felicito assim, todos aqueles que se empenharam e em particular os trabalhadores que sempre acreditaram e confiaram num bom desfecho.
Que venha o dia de amanhã...
No que me toca continuarei disponível para o que der e vier.

domingo, 11 de julho de 2010

Linhas de muita alta tensão. Resolução da Assembleia da República n.º 62/2010

Recomenda ao Governo que intervenha junto da Rede Eléctrica Nacional no sentido de implementar o traçado apresentado no estudo de impacto ambiental de Fevereiro de 2009, com as rectificações propostas e consensualmente aceites, ou considere outras soluções alternativas existentes e que não colidem com os interesses dos residentes nem comprometem projectos de interesse para o desenvolvimento local.
A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo que: Intervenha junto da Rede Eléctrica Nacional no sentido de implementar o traçado apresentado no estudo de impacto ambiental de Fevereiro de 2009, com as rectificações propostas e consensualmente aceites, ou considere outras soluções alternativas existentes e que não colidem com interesses dos residentes nem comprometem projectos de interesse para o desenvolvimento local.
Aprovada em 24 de Junho de 2010.
O Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.
Publicado no DR 1ª Série nº 130 de 07-07-2010

Pêra - Estação da TMN no reservatório de àguas de Sentieiras. A Câmara entra no negócio imobiliário



Nada, mas mesmo nada me surpreende na Câmara Municipal de Silves.
Na passada reunião camarária, fui confronta e passo a citar " com a proposta de delimitação da parcela que inclua a implantação do Reservatório de àgua do Município, pertencente ao prédio nº 28 da Secção F da Freguesia de Pêra, de modo a permitir uma eventual aquisição desta parcela por parte deste Município".
E tudo porque a TMN solicita a viabilidade de instalação de uma sua estação de telecomunicações" no dito Depósito " mediante a celebração de contrato de arrendamento", por uma renda anual de € 2 400.
Choca-me que a Autarquia se lembre de regularizar juridicamente o seu património porque tal é necessário ao negócio em causa.
Perturba-me que enverede pelo Mundo dos negócios, sem ter consultado a Junta de Freguesia e acautelado o impacto que um equipamento desta natureza e dimensão, possa ter junto das Populações.
Para já não falar do proprietário do terreno, onde se situa o Reservatório de Agua, que, no processo, não é dado nem achado. A não ser que, tenha sido assegurado o seu consentimento...
Os Vereadores do PS, por proposta da Drª. Lisete Romão, propuseram e foi deliberado que a Junta de Freguesia de Pêra tem de ser chamada a pronunciar-se sobre a bondade desta pretensão.

Cooperativa União Silvense ( Enxerim). Vereadores do PS forçam a realização de reunião extraordinária.

Como já sabem, estou seriamente preocupado com a situação da Cooperativa União Silvense.
Confrontado com a não marcação da reunião, lá tive que invocar o célebre artigo 63º da Lei 169/99, com a redacção introduzida pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro para requerer a marcação de uma reunião camarária extraordinária
A proposta foi subscrita pelos 3 Vereadores, do PS, necessários par o efeito e tem que ser convocada “para um dos oito dias subsequentes à recepção do requerimento”.
Se tal não se verificar, deverá a dita ser convocada directamente por quem a requereu. O que já deixamos registado em acta camarária.
A Ordem de trabalhos versa sobre o ponto da situação da Cooperativa e medidas a tomar.
Permitam-me que vos remeta para o meu post de 18-06-2010. Compreenderão assim a razão de ser da minha angústia e preocupação.

sábado, 10 de julho de 2010

Ópera no Castelo

Face aos comentários que me têm chegado, esclareço que nada tenho contra a ópera. O meu sentido de voto teve a ver com o delicado momento que ora atravessamos em que devemos ser mais selectivos na escala das nossas prioridades, condicionados como estamos com a quebra das receitas.
Em consciência votei contra.
Em coerência recusei bilhetes gratuitos para estar presente…nem que seja o único. E não é que fui…

Alisuper, nos descontos finais.

A palavra de Ministro sempre vale.
Do que posso contar, e não é muito de momento, desculpem lá, sempre direi que o BPI alterou o seu sentido de voto e aguarda-se impacientemente que o BPN faça o mesmo.
Tudo para compensar o voto contra da Segurança Social que,alegou imperativos legais para ter abraçado o campo do não.
Segunda Feira é assim a última oportunidade para a viabilização que, com o grande envolvimento do Governo, da SRª Governadora Civil e do meu Amigo Deputado Miguel Freitas, pode ser uma realidade muito bem vinda.
Aguardo então, continuando atento, com o telemóvel bem perto...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Um pesadelo, autentico e sufocante...

Não quero acreditar na informação que me transmitiram na Reunião camarária de hoje.
Então, não é que a Segurança Social votou contra a viabilização do Grupo Alisuper, mal acompanhada pelo BPI e BPN. A CGD absteve-se.
Já não compreendo nada do que se está a passar. Sei que houve e estão a decorrer diligência no sentido inverso, ao mais alto nível institucional, mas receio que tal não surta nenhum efeito prático.
Confesso, estou cilindrado...

sábado, 3 de julho de 2010

Assembleia de Credores da Alicoop realizada aos 30-06-2010

Na Assembleia de Credores do dia 30-06-2010, o Grupo Alisuper apresentou sua nova proposta de viabilização que motivou sucessivos pedidos de esclarecimento ao longo da tarde, tendo ficado deliberado que os Credores se iriam pronunciar, votando, por escrito no prazo de cinco dias úteis, em requerimento a ser enviado para o processo judicial.
A solução preconizada assenta no perdão total dos juros e na garantia de 50% do capital em dívida.
Em caso de viabilização, os empréstimos contraídos pelos trabalhadores serão assumidos pela nova empresa, como reconhecimento de que os ditos se destinavam a financiar a Alisuper e não quem os subscreveu.
Os trabalhadores continuarão responsáveis pelo reembolso, uma vez que o BPN, os considera como empréstimos particulares, e não abdica das garantias pessoais prestadas.
A nova empresa, caso, tenha viabilidade e enquanto o tiver, irá proceder ás sucessivas amortizações. Parece pouco, mas para quem está desempregado, representa a única oportunidade de aliviar o orçamento familiar e a garantia de um emprego, com tudo o que isso representa na Dignidade de cada um.
Mas o melhor, estava guardado para o fim da sessão. Então não é que os Administradores da Insolvência propõem aos Credores a “ fixação de uma remuneração de € 1750 mensais desde a data da instauração do processo, Outubro de 2009, até à homologação do plano”.
Como são dois, a quantia é a dobrar, sendo paga mensalmente por transferência bancária a partir das contas da Alisuper .
Não queria acreditar no que estava a ouvir, muito menos no sentido da votação da Banca que viabilizou a proposta.
Para quem recebe apenas o subsídio de desemprego e ainda por cima suporta o reembolso do empréstimo ao BPN, a proposta avançada foi entendida como provocatória, injusta e inadmissível, tendo os trabalhadores votado contra mas foram impotentes confrontados com o maior peso que a banca tem na votação.
A única nota positiva da Assembleia de Credores, prendeu-se com a posição da Segurança Social que manifestou o seu apoio à viabilização, dando assim seguimento ao que tinha sido decidido pelo Exmº. Sr. Secretário de Estado Dr. Fernando Medina. O sinal político do Governo da Nação foi dado em sede própria, de uma forma clara e perceptível por todos os presentes. Espero que a Banca assim o entenda e aja em consonância.

Alicoop-O Governo apoia a Viabilização e tudo tem feito nesse sentido.

No passado dia 29-06-2010, a Vereação Camarária, acompanhada da Administração do Grupo e da Comissão de trabalhadores deslocou-se a Lisboa para, em desespero de causa, conseguir arrancar a viabilização do Grupo Alisuper.
A primeira reunião realizou-se na sede da Associação Nacional de Munícipes com os Administradores da CGD e do BCP. Para ambos os bancos, “ o plano apresenta fragilidades técnicas”, e “ tal como está apresentado, dificilmente será aprovado”. Percebemos logo, que a Banca não pretendia votar favoravelmente a viabilização. Daí as nossas intervenções terem contemplado as consequências sociais que o encerramento do Grupo implicaria para a Região, mas isso, convenhamos não é propriamente o negócio da Banca que assenta noutros pressupostos mais materialistas.
Na minha santa ignorância, interpelei os Administradores bancários, procurando ser esclarecido se para eles, do ponto de vista da recuperação de créditos, existe alguma diferença entre a insolvência e a viabilização, considerando que não temos mais investimento por parte da banca, que as suas garantias hipotecárias permanecem intocáveis, que apareceu milagrosamente um investidor particular com capital para injectar no grupo, e que os actuais Administradores deste não serão os mesmos no futuro que se espera imediato?
Não obtive resposta, mas como o silêncio também permite interpretações, continuei a intervenção, visando outro aspecto não menos importante para a Banca. Refiro-me à publicidade. Quanto custará a publicidade negativa para CGD e para o BCP se sobre eles recaírem o ónus do encerramento? Muito, mas mesmo muito. Pelas notas que tomaram, fiquei com uma pequena esperança.
A segunda reunião efectuou-se no Ministério da Economia com o Sr. Secretário de Estados Fernando Medina.
Reunião, preparada pela Srª. Governadora Civil de Faro e pelo Deputado do PS Miguel Freitas que nos têm ajudado desde a primeira hora. Para eles, aqui fica registado o meu mais sincero e humilde agradecimento.
Tratou-se de uma reunião muito esclarecedora. Ficamos a saber que “ o Governo conhece a situação e acredita na viabilização do Grupo”. Nesse sentido, deu “ instruções à Segurança Social para que votasse favoravelmente na Assembleia de Credores”, mas teve o cuidado de nos alertar para o facto da banca não acreditar, nem nunca ter acreditado no plano, havendo da parte desta “ um défice no empenhamento”. Concluiu então que “os únicos que se chegaram à frente fomos nós.” O Governo, entenda-se.
Mais claro, não podia ser.
O Dr. José António Silva informou os presentes que já tinha solicitado aos Advogados da PLMJ que contemplassem no plano tudo aquilo que se revelasse necessário, conforme foi revelado na Assembleia de Credores realizada na Fissul na passada Quarta.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Via do Infante. Sejamos claros, o PSD pretende introduzir portagens.

Invoca o PSD nacional o princípio da universalidade para portarjar a nossa Via do Infante. Esquece porém que a aplicação de tal princípio constitucional, como tudo na vida, deve obedecer a um outro princípio civilizacional, ainda mais importante, o do Bom senso.
Aliás, como todos os estudantes de Direito aprendem durante um longo semestre, só se pode comparar o comparável. Ou seja, a universalidade não é cega, nem totalitária. Não versa situações diferentes na sua essência.
Querer comparar a Via do Infante, com outras, é um absurdo e só se entende como joguete político.
A nossa Auto-Estrada tem características que a dissociam das restantes. Sem pretender ser exaustivo, permita-se-me que chame a atenção para o seguinte:
Que se saiba, a dita foi construída muito antes do Conceito SCUT que agora se invoca para a introdução de portagens. Um dos seus troços é até anterior à EXPO 92 de Sevilha, na mesma altura em que a vizinha Espanha também construiu as suas Vias rápidas de ligação á fronteira.
As Auto-Estradas mais recentes, apelidadas de SCUT, foram construídas com recurso a financiamento privado que é a génese do seu planeamento, contrariamente à Via do Infante que, em praticamente toda a sua extensão, assentou em fundos europeus e nacionais.
Não existe alternativa à EN125, como é do conhecimento de todos nós, menos do candidato a Primeiro Ministro do PSD que devia ser convidado a visitar o Algarve em pleno Verão para se inteirar das nossas especificidades rodoviárias.
Se, no presente já é difícil aí circular, imagine-se o pandemónio que será no período da época alta turística, se for por adiante esta espalhafatosa proposta do PSD.
Um absurdo.
Ainda mais quando aqui ao lado, os nossos hermanos, concorrentes directos na oferta turística, nem disso querem ouvir falar. Lá têm as suas razões…e os seus empregos.
Finalmente, uma palavra sobre a postura ( ou ausência da dita) de quem manda na Câmara Municipal de Silves. Compreendo a gestão do silêncio. Desautorizar o chefão, não é fácil e pode trazer dissabores no futuro, logo...
Mas, não é para isso que fomos eleitos.
Daí que na próxima reunião camarária os Veredores do PS, apresentarão uma moção contra a introdução de Portagens na Via do Infante.