quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Escola EB1 número Um de Silves. Será que quem manda na Câmara, sabe o que por lá se passa???


Escola EB1 número Um de Silves. Será que quem manda na Câmara, sabe o que por lá se passa???
Nunca compreendi, a razão das escolas serem relegadas para lugar secundário na escala de prioridades de quem manda na Câmara. O estado a que se chegou, revela um avolumar de erros, falta de apoio e vontade política em resolver problemas que se vão acumulando nas nossas escolas.
Dos muitos comentários que tenho recebido, permita-se-me que destaque o grito de revolta de uma Mãe, devidamente identificada que, melhor do que ninguém, põe a nú a triste realidade que se vive na escola número um de Silves.
“Tenho um filho a frequentar a escola do primeiro ciclo de Silves que é como todos sabemos uma escola bastante antiga, até aí não há qualquer problema. O problema é que esta escola continua igual ao que era há muitos anos atrás.
Há 50 anos servia as necessidades da época, as necessidades de hoje são completamente diferentes.
Gostava assim, de partilhar algumas das minhas preocupações.
Salas sem conforto e sem condições de trabalho, inexistência de lavatórios para os trabalhos de actividades como pintura, o que torna obrigatório a saída da sala de aula para fazer estes serviços e ter acesso a água.
Instalações sanitárias sem condições, onde durante o dia de aulas o chão está sempre molhado, o que torna perigoso a sua utilização. Essa água estende-se até área do recreio, o que torna perigoso a sua utilização o que já ficou comprovado com alguns acidentes que se têm dado nesta escola, nomeadamente no passado ano lectivo um menino fracturou o braço com uma queda no recreio exterior, dois outros tiveram que ser suturados na zona da cabeça, uma menina que este ano lectivo na consequência de uma queda teve que ser cozida na fronte, um menino que após uma queda aparatosa envolvendo várias crianças perdeu um dente definitivo no recreio interior desta escola e teve que ir para Lisboa para receber assistência. Pela mesma altura um outro ficou com uma perna aleijada e coxeando durante alguns dias após outra queda neste recreio.
Não tenho conhecimento de todos os acidentes que se passam nesta escola, mas aqueles de que tenho conhecimento, deixam-me muito alarmada e pergunto-me:
Onde está a segurança nesta escola e quem a proporciona às nossas crianças?
Quando o chão está molhado, mandam as normas de segurança que seja colocada sinalização adequada e isolar a zona??!!
O recreio exterior da escola, carece de melhor condições. Pavimento em terra e pedras. Agora com tempo de chuva é apenas um mar de lama. Quando não chove, para crianças que estão na idade de brincar correr e saltar é óptimo para derrapagens na terra e tombos em cima das pedras, lá vêm novamente as cabeças cozidas. Pode-se comprovar isso já neste e também em anos lectivos anteriores.
Áreas pavimentadas, precisa-se.
O quarto ano é composto por cinco turmas, três delas foram desviadas para a EB 2 3, sede do agrupamento, por falta de espaço na escola onde estes meninos deviam ter aulas.
Uma turma do primeiro ano está a ter aulas na sala dos professores, por não haver mais salas disponíveis (mas estão prometidas a construção de novas salas que já estariam a funcionar este ano lectivo, mas ainda não foram sequer iniciadas). Inicialmente esta turma estava colocada num contentor, na parte Norte desta escola, colocado no meio da terra. Em tempo de chuva não é terra mas sim lama, sem qualquer protecção para a chuva, viu-se que não funcionava e a chuva também lá entrava.
E a portaria? Inexistência de qualquer abrigo para a funcionária que faz a saída e a entrada das crianças no portão da escola. A chover, a senhora permanece junto ao portão para se assegurar da entrada e saída destas crianças em segurança.
O refeitório está a rebentar pelas costuras. Não só com as crianças que frequentam esta escola, como com as crianças do ensino pré-escolar de Silves, que quer esteja a chover a cântaros ou a fazer sol, têm que se deslocar desde a sua escola que fica no lado oposto do jardim municipal, até à cantina da Escola Primária de Silves para almoçar.
A nível de educação física são as crianças que se deslocam da escola primária até ao ginásio do pré-escolar, para utilizar o ginásio.
As auxiliares que se encontram nesta escola, não chegam para dar assistência a todas as crianças que lá estão, não devemos esquecer das crianças com necessidade de cuidados especiais que frequentam esta escola. Temos que nos lembrar que se queremos a sua integração, temos que lhes dar condições.
Há que criar infra-estruturas se queremos o ensino a funcionar. Resultados sem condições não hão quem consiga.
Por favor, que alguém de direito, veja estas situações, encare o problema, arregace as mangas e resolva-as.
Mas resolva-as agora, para que os acidentes que são cada vez mais frequentes, por falta de condições, tenham um fim.
A segurança das nossas crianças está acima de qualquer demagogia e de qualquer interesse.
Olhemos todos pelas nossas crianças!
Uma mãe preocupada.”

4 comentários:

  1. È esta a herança que é deixada aos futuros...
    Um vazio.

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  2. Será que existe alguem na Cãmara com o pelouro da educação.
    Os resultados vêem-se.
    Uma vergonha.

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  3. Aquilo que é dito em relação à EB 1 de Silves, assenta como uma luva à EB 1 de Messines. Neste concelho a Educação não é uma prioridade, logo não é de estranhar a situação. Há mais de 4 anos que está prometida a nova EB e nem a nova é construída nem a velhinha é arranjada. Infelizmente os miúdos não votam...

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  4. Também se adequa à E. B. 1 de Alcantarilha, no que diz respeito aos espaços exteriores - o recreio Normalmente é um ribeiro ( em dias de chuva) e um deserto, com tanto pó de brita no ar( em dias secos)! Mas as crianças não votam!!!!!!

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