segunda-feira, 19 de julho de 2010

Credores decidem salvar o Grupo Alisuper.

Reconheço, não esperava sofrer tanto para assistir á viabilização do Grupo Alisuper.
È certo que em Tribunal, nada está previamente adquirido, mas daí passar por todas estas vicissitudes para se chegar ao resultado pretendido, não estava nas previsões de ninguém. Asseguro-vos.
A história conta-se em poucas palavras e importa partilhá-la para o registo histórico desta grande luta.
Na deslocação que fizemos a Lisboa, saímos da reunião com o Secretário de Estado Dr. Fernando Medina com a convicção de que tudo seria feito da parte do Governo para assegurar a viabilização. Palavra dada que se revelaria fundamental no que se passou a seguir.
Na Assembleia de credores realizada na Fissul, aos 30 de Junho último, o plano sofreu algumas alterações que levou o Juiz a fixar um prazo de cinco dias úteis para a votação que deveria ser por carta a enviar para o processo judicial. Permitia-se assim um maior estudo e consciencialização do que estava em jogo.
Apareceram as surpresas. A Segurança Social descortinou á última da hora, um condicionalismo legal que a limitava na votação. O seu sentido de voto só poderia ser favorável á insolvência, como assim procedeu.
As contas da viabilização complicavam-se. Tudo ainda ficou pior, quando o BPI e o BPN também se pronunciaram desfavoravelmente. O fantasma da tragédia avizinhava-se…
Valeu-nos, então, e importa realçar a dedicação e o empenho da Srª. Governadora Civil Isilda Gomes e do Secretário de Estado Dr. Fernando Medina que, seguramente, em reuniões sucessivas, conseguiram arrancar a alteração do sentido do voto do BPI e do BPN. Aquele passando a votar favoravelmente, e este abstendo-se como aliás já tinha sido feito pela CGD.
Nota curiosa, o BPN apenas deu entrada do seu requerimento no Tribunal na Segunda Feira, dia 12 de Junho, aproveitando a faculdade que as partes processuais têm de apresentar as suas peças nos três dias seguintes ao fim do prazo, pagando uma multa. Curioso mas significativo, não acham?
Sejamos sinceros, a alteração do sentido de voto dos dois Bancos deveu-se à intervenção do Governo da Nação. Ninguém tenha disso a mínima dúvida.
Se houve contrapartidas como alguns dizem, ainda bem que tal aconteceu por tudo o que o Grupo Alisuper/ Alicoop representa para Silves e para o Algarve.
Apenas um nota final. A decisão do Tribunal só se torna definitiva, passados dez dias mas não acredito que seja impugnada. Os dados estão, assim, lançados para a viabilização. Pena é que se tenha perdido um Verão com tudo o que isso representa nas receitas de um Grupo que pretende reerguer-se das cinzas…

2 comentários:

  1. Sendo uma viabilização conseguida contra natura e à custa de influência política é de duvidar da sua eficácia.
    O problema relativo aos empréstimos dos empregados é o aspecto mais crítico e que parece perdurar, como se eles fossem reféns e garantia de retorno para o BPN.
    Encontrem soluções mas libertem os trabalhadores de toda essa trapalhada.
    Os que quizerem ficar que fiquem, mas libertem os que querem liberdade para reiniciar suas vidas. Essas pessoas estão a ser vítimas da sua boa fé perante promessas que lhes foram feitas e que não mereciam confiança.
    Os parcos haveres que possuem, para além da sua capacidade de trabalho, estão comprometidos com um financimento de que não beneficiaram.
    É muito triste esta situação.

    ResponderEliminar
  2. Agora quem é que vai salvar Silves desta bagunçada , com um transito , que ninguem se entende ?
    um Teatro fechado ?
    a rua 25 de Abril só com um sentido , porquê ?
    será pelo nome ser 25 de Abril !
    toda a vida podiamos ir e voltar , agora só podemos ir !

    ResponderEliminar