sábado, 3 de julho de 2010

Assembleia de Credores da Alicoop realizada aos 30-06-2010

Na Assembleia de Credores do dia 30-06-2010, o Grupo Alisuper apresentou sua nova proposta de viabilização que motivou sucessivos pedidos de esclarecimento ao longo da tarde, tendo ficado deliberado que os Credores se iriam pronunciar, votando, por escrito no prazo de cinco dias úteis, em requerimento a ser enviado para o processo judicial.
A solução preconizada assenta no perdão total dos juros e na garantia de 50% do capital em dívida.
Em caso de viabilização, os empréstimos contraídos pelos trabalhadores serão assumidos pela nova empresa, como reconhecimento de que os ditos se destinavam a financiar a Alisuper e não quem os subscreveu.
Os trabalhadores continuarão responsáveis pelo reembolso, uma vez que o BPN, os considera como empréstimos particulares, e não abdica das garantias pessoais prestadas.
A nova empresa, caso, tenha viabilidade e enquanto o tiver, irá proceder ás sucessivas amortizações. Parece pouco, mas para quem está desempregado, representa a única oportunidade de aliviar o orçamento familiar e a garantia de um emprego, com tudo o que isso representa na Dignidade de cada um.
Mas o melhor, estava guardado para o fim da sessão. Então não é que os Administradores da Insolvência propõem aos Credores a “ fixação de uma remuneração de € 1750 mensais desde a data da instauração do processo, Outubro de 2009, até à homologação do plano”.
Como são dois, a quantia é a dobrar, sendo paga mensalmente por transferência bancária a partir das contas da Alisuper .
Não queria acreditar no que estava a ouvir, muito menos no sentido da votação da Banca que viabilizou a proposta.
Para quem recebe apenas o subsídio de desemprego e ainda por cima suporta o reembolso do empréstimo ao BPN, a proposta avançada foi entendida como provocatória, injusta e inadmissível, tendo os trabalhadores votado contra mas foram impotentes confrontados com o maior peso que a banca tem na votação.
A única nota positiva da Assembleia de Credores, prendeu-se com a posição da Segurança Social que manifestou o seu apoio à viabilização, dando assim seguimento ao que tinha sido decidido pelo Exmº. Sr. Secretário de Estado Dr. Fernando Medina. O sinal político do Governo da Nação foi dado em sede própria, de uma forma clara e perceptível por todos os presentes. Espero que a Banca assim o entenda e aja em consonância.

5 comentários:

  1. Os trabalhadores, em vez de impávidos e serenos, deviam era adoptar formas de luta mais violentas contra quem, de forma ignóbil e incompetente, os colocou na situação em que se encontram hoje! Não abafem os responsáveis, procedam judicialmente, civil e criminalmente, contra esses incompetentes...

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  2. Volto a dizer que a viabilização do Grupo beneficia em primeiro lugar os trabalhadores.

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  3. O BPN só abdicará das hipotecas dos empregados, se aparecerem outros bens para garantia, caso dos bens dos Administradores, se, entretanto, ainda estiverem em seu nome.
    Não será fácil, mas é uma hipótese a considerar, uma vez que para eles a viabilização não oferece quaisquer reservas.
    Se dúvidas existirem basta pedir parecer à PLMJ, conforme oportunamente sugerido.
    É verdade, quem pagará os pareceres, será a Autarquia ao abrigo do protocolo existente?
    Qualquer pessoa tem consciência de que com o turístico mês de Agosto à porta a recuperação vai ser fácil.

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  4. Já é altura dos empregados, fortemente lesados e aprisionados, acordarem e compreenderem que foram e continuam a ser vítimas da sua, honestidade, humildade e boa fé.
    Oxalá a decisão final seja favorável a essas pobres famílias e que sejam apuradas responsabilidades até às últimas consequências.

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  5. não sabia que a viabilização de um Grupo de Empresas tinha efeitos similares a um perdão!?? Ou a uma espécie de lavar de mãos ou de exclusão de ilicitudes e de outras responsabilidades?!? É caso para dizer, só mesmo em Portugal...

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