No passado dia 29-06-2010, a Vereação Camarária, acompanhada da Administração do Grupo e da Comissão de trabalhadores deslocou-se a Lisboa para, em desespero de causa, conseguir arrancar a viabilização do Grupo Alisuper.
A primeira reunião realizou-se na sede da Associação Nacional de Munícipes com os Administradores da CGD e do BCP. Para ambos os bancos, “ o plano apresenta fragilidades técnicas”, e “ tal como está apresentado, dificilmente será aprovado”. Percebemos logo, que a Banca não pretendia votar favoravelmente a viabilização. Daí as nossas intervenções terem contemplado as consequências sociais que o encerramento do Grupo implicaria para a Região, mas isso, convenhamos não é propriamente o negócio da Banca que assenta noutros pressupostos mais materialistas.
Na minha santa ignorância, interpelei os Administradores bancários, procurando ser esclarecido se para eles, do ponto de vista da recuperação de créditos, existe alguma diferença entre a insolvência e a viabilização, considerando que não temos mais investimento por parte da banca, que as suas garantias hipotecárias permanecem intocáveis, que apareceu milagrosamente um investidor particular com capital para injectar no grupo, e que os actuais Administradores deste não serão os mesmos no futuro que se espera imediato?
Não obtive resposta, mas como o silêncio também permite interpretações, continuei a intervenção, visando outro aspecto não menos importante para a Banca. Refiro-me à publicidade. Quanto custará a publicidade negativa para CGD e para o BCP se sobre eles recaírem o ónus do encerramento? Muito, mas mesmo muito. Pelas notas que tomaram, fiquei com uma pequena esperança.
A segunda reunião efectuou-se no Ministério da Economia com o Sr. Secretário de Estados Fernando Medina.
Reunião, preparada pela Srª. Governadora Civil de Faro e pelo Deputado do PS Miguel Freitas que nos têm ajudado desde a primeira hora. Para eles, aqui fica registado o meu mais sincero e humilde agradecimento.
Tratou-se de uma reunião muito esclarecedora. Ficamos a saber que “ o Governo conhece a situação e acredita na viabilização do Grupo”. Nesse sentido, deu “ instruções à Segurança Social para que votasse favoravelmente na Assembleia de Credores”, mas teve o cuidado de nos alertar para o facto da banca não acreditar, nem nunca ter acreditado no plano, havendo da parte desta “ um défice no empenhamento”. Concluiu então que “os únicos que se chegaram à frente fomos nós.” O Governo, entenda-se.
Mais claro, não podia ser.
O Dr. José António Silva informou os presentes que já tinha solicitado aos Advogados da PLMJ que contemplassem no plano tudo aquilo que se revelasse necessário, conforme foi revelado na Assembleia de Credores realizada na Fissul na passada Quarta.
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Que fantástica luta a da Autarquia, quando os interesses são o que são.
ResponderEliminarAinda bem que assim é.
Só é pena que, quando as decisões dependem e si não adopte comportamentos mais coerentes e evite entrar em disputas que ninguém entende.
Porquê tão afastada dos munícipes, quando os devia incentivar a criar riqueza, para mais rápidamente podermos sair deste triste e lamentável imbrógio.
Esperamos que o tempo ajude a perceber certas atitudes.
Tão afastada dos interesses dos mesmos cidadãos com posições tão anacrónicas quanto o passado recente demonstra e, agora, pedindo a Deus e a todos os santos para ajudarem a resolver esta situação, convidando-os a abdicarem de valores, regras e princípios.
Que consigam o que desejam e que tudo lhes sirva de lição para o futuro.
Com ou sem garantia de emprego, as pessoas devem ser libertadas do encapotado financiamento a favor da entidade patronal. Se não, a justiça deve ser feita e os responsáveis punidos.
Essa da publicidade foi de mestre.
ResponderEliminarAinda devem estar engasgados.
A má publicidade para uma marca, com o impacto do encerramento do Grupo, pode ser pesar na decisão.
ResponderEliminarÈ pouco, mas não me lembrei de mais nada. Desculpem...
Não tem que pedir desculpa a ninguém.
ResponderEliminarÉ evidente que em condições normais, publicidade negativa será prejudicial, mas, nas condições em que tudo se encontra já ninguém se preocupa com eses aspectos.
Se os decisores se preocupassem com a ética, com a honra, a honestidade, a verdade e a justiça pode crer que o país estaria noutras condições e talvez o problema da Ali e ....não existisse.
Como o senhor diz que a má publicidade é prejudicial para uma marca, como acredita na viabilização da marca Alisuper depois do descalabro a que estamos a assistir?
o Sr.DISSE REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES,NÃO PODE SER AMIGO, JÁ QUE QUEM ELEGEU ESSES DOIS INCOMPETENTES FOI O SEU AMIGO JOSÉ ANTONIO E RESTANTE COMITIVA DE INCOMPETENTES,O AMIGO VEREADOR EM LUGAR DE SE PREOCUPAR COM OS MUNICIPES(PARA O QUE FOI ELEITO) DE SILVES PREOCUPA-SE COM OS INTERESSES DO AMIGO JOSÉ ANTONIO.....
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