Era uma vez … uma Família a quem a sorte da vida não tem sorrido.
Perdera um Filho com cerca de dois anos, assiste impotente á doença rara de uma filha que lhe consome a juventude, debate-se com todo o tipo de pressões e depressões que martiriza o dia-a-dia dos Pais, nesta luta de sobrevivência.
Como se tudo isso não bastasse, eis que a brindaram com a ameaça de despejo da casa que considera sua há mais de quinze anos.
Autêntico e sufocante pesadelo, ainda mais para quem não tem para onde ir, nem possibilidade de recorrer a poupanças inexistentes.
Invocou-se o não cumprimento de uma plano de pagamento de dívida e rendas em atraso.
Motivo mais do que suficiente para ser tomada a decisão de avançar para o despejo.
Pareceres foram dados nesse sentido, defendendo a saída do arrendado.
A decisão estava tomada, por alguns.
Não para mim.
Como já devem ter depreendido, o Senhorio chama-se Câmara Municipal, e tudo tem vindo a passar-se em sucessivas reuniões camarárias.
Fiz, e tudo farei para defender esta Família. Ainda mais quando, me apercebi que as rendas dos últimos cinco anos se encontravam pagas.
Existe sim, uma dívida mas anterior ao ano de 2003.
Mas se assim o é, como aceitar que este assunto seja agendado, e esteja nele aflorado o despejo?
E, logo na quadra natalícia em que nos encontramos?
Pela gravidade da situação, não irei adjectivá-la. É triste e revoltante demais, o que podia acontecer a esta Família.
Apenas informarei que, na passada reunião camarária, em pleno Salão Nobre, os Arrendatários exibiram à Drª. Isabel Soares, os comprovativos do pagamento das rendas, quinando assim o que estava em cima da mesa.
A surpresa foi muita, como se imagina. O que não consigo conceber, nem aceitar…
Fico porém, com a alegria de ter contribuído para o Natal de uma Família que continuará a ter o seu lar.
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Dr. Fernando Serpa, com todo o respeito que lhe é devido, é pena que esta seja a sua forma de fazer politica.
ResponderEliminarFaltou explicar o historial de dividas, criminoso e completo desprezo familiar!
A doença rara mais recente chama-se gravidez.