sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Reunião Camarária de 11/11/2009

Antes da ordem do dia
Sinceramente, não estava habituado. Nunca tal tinha acontecido na Vereação anterior.
Mas, em nome da Verdade, importa reconhecer – conforme aliás o fiz em sede própria- a prontidão da entrega das informações que solicitei na última reunião. E, em tempo oportuno, diga-se de passagem.
Dos assuntos mais importantes que aí apresentei irei destacar os seguintes:
1- Pedido de informação sobre a relação dos pagamentos feitos a todos os Advogados, para além da PLMJ, que têm prestado assistência jurídica à Câmara Municipal.

2- Relatório sobre sessão da Opera no Castelo de Silves. Aliás como já solicitado no mandato anterior.
A acreditar no site, transparencia-pt.org, a autarquia por decisão da Sra. Presidente desperdiçou a quantia € 118 000, num evento que foi um autêntico fracasso. Daí exigir conhecer todo o enquadramento do pseudo-evento, nomeadamente o número de espectadores, bilhetes vendidos e convidados. Principalmente estes.
Garanto-vos que iremos ter uma grande surpresa…

3- Relação dos assessores/avençados da Câmara Municipal e os contratados a recibo verde, se os houver. A Presidente respondeu que não havia.

4- Mapa das redes de abastecimento de águas e dos esgotos para podermos discutir as zonas de expansão.
Não esqueço assim e também quem, há dias me, interpelou no Blog sobre o que pensava em relação ao lugar do Benaciate.

5- Preocupação com a falta de Veterinário Municipal e pedido de informação sobre como estava a ser feita a recolha de cães vadios.
Trata-se a meu ver de uma situação delicada que merecia outro tratamento por parte da Sra. Presidente que se limitou a informar o executivo “que o Veterinário se reformou, encontrando-se a decorrer o processo de concurso público que estará terminado até ao final deste mês… e que os Concelhos vizinhos como Monchique e Lagoa têm acolhido determinadas situações”.
Fico sem comentários perante a gravidade da situação.
Naturalmente, na próxima reunião camarária irei solicitar o agendamento deste processo, e consultar o dito concurso.

6- Pedido de informação sobre a articulação entre os autocarros camarários e as escolas.
Entendo que os nossos jovens têm de ter acesso à cultura em igualdade de circunstâncias com os Colegas de outros locais. Não podem ser penalizados por terem nascido no Concelho de Silves.
Por isso, não compreendo, nem aceito que haja tanto desperdício de dinheiros para fins pseudo-culturais (ainda se lembram da sessão da Opera no Castelo que custou € 118 000 ?) e que a Autarquia não disponha de meios para acudir aos pedidos das Escolas e Instituições do Concelho nas viagens de estudo pretendidas, e/ou no transporte das colectividades ao fim de semana.
A argumentação de que não há autocarros suficientes não colhe. É tudo uma questão de hierarquização de prioridades.
O PSD na pessoa da Srª Presidente aposta na Opera no Castelo, Silves Fashion… quando a meu ver os poucos fundos de que dispomos deveriam ter outros destinos. Importa sim, investir no nosso futuro… Ou seja, na formação humana dos nossos crianças e jovens. A perspectiva tem que ser outra. È nisso que devemos apostar.
Se o dinheiro não chega para todos os caprichos de uma presidente, importa alterar o rumo para investir nas Pessoas.
A resposta obtida foi fantástica, pelo que não resisto em partilhá-la convosco. Reparem, como se sacode a responsabilidade:
“Os agrupamentos de Escolas ou a Escola Secundária de Silves fazem os pedidos à Câmara Municipal, e quando há sobreposição, pede-se alternativa de datas. Há um equilíbrio na atribuição dos transportes… sendo certo que é impossível uma resposta favorável da Câmara Municipal, atendendo ao número de autocarros que o Município dispõe”
Está tudo dito. Como não há autocarros, e não se pretende alterar a política de apoio ás escolas, a resposta está dada.
Incrível.
Mas não será tudo isto uma hierarquização errada nas prioridade de uma Autarquia, ainda por cima ultra-periférica?
Penso que sim.
Não há autocarros suficiente, meus meninos, por isso fiquem lá em casa que é mais seguro”,
Parece ser a mensagem de quem tutela o pelouro na Autarquia.
Inaceitável… e lá voltaremos ao assunto na próxima reunião camarária.

7- Quem segue os blogs, recorda-se seguramente de alguém ter chamado a atenção para a situação dos abrigos que acolhem os jovens enquanto aguardam os autocarros escolares.
Lembram-se seguramente de uma fotografia chocante com adolescentes à chuva publicada no dia 28 de Outubro 2009, pelo Paulo Silva, no seu Blog, a quem presto o meu mais sincero agradecimento por ter denunciado tão arrepiante situação.
Porém, passado todo este tempo, tudo permanece incompreensivelmente na mesma.
Devem pensar que essa malta não vota.
Pois bem, no seguimento dessa notícia, desafiei a Drª. Isabel Soares a resolver no imediato a situação de Messines que passa pela instalação de novos abrigos provisórios enquanto não se encontra uma solução definitiva para o caso.
Já agora, recordam-se do terminal rodoviário, publicitado há 4 anos, com direito a placard no recinto da feira e mercados?
Mais um que não passou de projecto!!! Serviu apenas para amealhar mais uns votitos.
Como pretendo conhecer o estado dos abrigos em todo o Concelho, solicitei o levantamento dos locais onde os jovens esperam pelos transportes escolares. Prevejo que, as condições não serão as mais apropriadas.
E, por hoje, dou por acabada a primeira parte dos meus comentários.
Amanhã haverá mais, relatando-se o que se passou com a proposta do IMI apresentada pela Drª. Lizete Romão em nome dos Vereadores do PS.

4 comentários:

  1. Caro Sr. Vereador

    Então o Sr. está preocupado com a Ópera no Castelo, que envolveu a Orquestra do Algarve e o Teatro Nacional de Belgrado, um dos melhores da Europa. Em elenco que calculo com cerca de 120 pessoas entre artistas e técnicos que durante dois dias estiveram em Silves. Esta iniciativa cultural que colocou Silves na rota dos espectáculos de Ópera europeia e que segundo as suas palavras de V.Exa. parece sem qualquer importância, é aos olhos de especialistas e das pessoas entididas na matéria uma verdadeira pechincha.
    Não o condeno por querer mais viagens de autocarro para os jovens do concelho, é legitimo da sua parte. Agora estar a baralhar Ópera com viagens de jovens, é pura demagogia de quem não entende nada de cultura.
    Já agora também lhe digo que durante os dois dias de Ópera no Castelo estiveram presentes segundo as minhas contas cerca de 2500 espectadores, o que perfaz a divisão do investimento (118 000)em cerca de 47,5 euros por pessoa. O Sr. não paga por estes espectáculos em lado nenhum da Europa menos de 100 euros por espectador. Se a autarquia não cobrou mais dinheiro pelos bilhetes é talvez por considerar este evento como um investimento no futuro cultural do concelho, mas isso terá a Srª Presidente que defender, o que acho que não fará porque tal como o Sr. também anda a apanhar papéis na área da cultura. (veja-se a promessa de elevar Silves a Património Cultural da Humanidade) é só rir.

    Esta iniciativa da Ópera pode até ser controvérsia, pelo valor apresentado por si assim a seco, mas falta-lhe conjugar todos os outros pontos sobre o evento.
    Mas já agora diga lá quais são os seus honorários por dois dias de trabalho como advogado da nossa praça? Se multiplicarmos os seus honorários por 120 pessoas, quanto dará?

    As vezes a politica não é aquilo que é, mas aquilo que queremos que ela seja de acordo com as nossas intenções e vontades.
    Sr. Dr. Fernando Serpa, aparece agora em formato digital que muito estimo, acho que o seu estilo deverá passar por aquilo que se deveria fazer e não pela politicazinha barata.
    É por estas e por outras que o nosso PS está como está. Sem visão de futuro e sem horizontes. Mas o seu tempo também chegará.

    Pela forma como coloquei este comentário, julgo que o mesmo não deverá ser censurado, pelo que solicito a sua publicação ao abrigo da liberdade de expressão.

    Manuel Luis

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  2. Parabéns Dr. Fernando Serpa o Tonnyy dá a mão á palmatória, está a fazer um bom trabalho!
    Tonnyy

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  3. Perfil cultural do concelho,diz o sr. Manuel Luis,não tenha ilusões,quem governa o concelho não sabe o que é cultura.
    Foi mesmo um esbanjar de dinheiros públicos,Silves está na rota dos concelhos mais endividados e mais caros,para o contribuinte,a ópera foi mais um delirio irresponsável.
    Tiago.
    A cultura terá de ser difundida e estimulada entre as camadas mais jovens,que infelizmente vivem num concelho que nem um conservatório de música tem,seria um bom investimento na cultura.
    Os museus,onde estão? Uma boa sala de cinema? teatros? bibliotecas?
    Não há dinheiro para contruir um conservatório de música,as crianças que tocam na banda de Silves, se querem evoluir,tem de se deslocar a Lagoa,para poderem continuar a formação músical.
    Não há dinheiro para investir em museus em teatros,em transportes escolares que permitam às nossas crianças sair do atraso de vida a que parecemos condenados.........
    Mas no entanto veio a ópera a Silves,o concelho está agora na rota dos espectáculos de ópera europeia,uau,que bom para a cultura.
    Não seria melhor para o concelho criar condições para as populações poderem ter acesso à cultura,terem contacto com a cultura,para a poderem apreciar e até entender?
    A ópera não fez absolutamente nada pelo concelho de Silves........

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  4. Meu caro,
    Entendo o que o Senhor disse, mas partilho a indignação e preocupação do Drº Serpa. Claro que o Drº Serpa nada tem contra a opera, só que há tanto que fazer neste concelho mais concretamente nesta cidade. Acha que as pessoas da orquestra desceram e subiram para o autocarro junto ao castelo? espero que sim caso contrário devem ter ficado com uma pessima ideia a nosso respeito,olhe que eu já conheci pessoas bastante importantes ligadas a cultura que vieram para Silves acreditando que esta cidade era espectacular, e que ao fim de dois anos foram embora de cá completamente indignados com as coisas que aqui viam, e disseram Silves nunca mais.
    Um dia deste que eu esteja inspirada faço e publique aqui (se me autorizarem ) um levantamento das barbaridades que aqui existem e todos teimam não ver. Há quanto tempo a Srª Presidente não faz compras aqui na cidade? andar a pé é só de quatro em quatro anos por causa da campanha eleitoral, e claro com tanta bandeira pela frente e a MULTIDÃO QUE A SEGUE não pode ver nada.

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