A Câmara Municipal de Silves foi condenada a
pagar ao Banco Espírito Santo uma quantia rondar o milhão e seiscentos mil
euros (€ 1 600 000). A Sentença assenta basicamente numa carta datada de 24 de Maio de 2005, assinada pela Drª.
Isabel Soares que veio “ confirmar ser do nosso conhecimento que os créditos representados
pelas facturas a seguir indicados foram põe ele ( fornecedor Viga d´Ouro) transmitidos à BESLEASING E FACTORING.
Acrescentando a anterior Presidente que “ os documentos acima relacionados são de nosso conhecimento e foram
por nós aceites como correspondendo a dividas desta empresa, que nos
comprometemos pagar na sua integridade à BESLEASING E FACTORING, no prazo
máximo de 18 meses, sem ter a obrigatoriedade de liquidarmos em prestações
mensais, pelo que com relação a tais dividas não invocaremos compensação que
porventura pudéssemos invocar, nem aos respectivos valores faremos qualquer
dedução.
Reconhecemos que, ao assumir o compromisso de pagar à BESLEASING E
FACTORING a integralidade do valor dos identificados documentos.
Mais declaramos ter verificado que, nesta data, não existe por
parte do credor cedente, qualquer situação que pudesse impedir o pagamento, nos
termos do artigo 11º do Decreto_Lei n.º 411/91, e que, à data em que o
pagamento seja efectuado a situação contributiva relevante, para aqueles
efeitos, será a da BESLEASING E FACTORING.”
Mais nada haverá a acrescentar perante o
compromisso de pagamento. Estamos em prazo de recurso, é certo, mas até decisão
em contrário, a Sentença fala por si e condena a Autarquia.
Mais grave ainda,
No
passado dia 13 de Maio de 2013, o Banco Comercial Português S. A. apresentou
contra o Município de Silves uma Acção declarativa de condenação que corre
termos no Tribunal de Silves, requerendo a condenação da Autarquia no montante de € 2 395 378,92, sendo € 447 190,05 a
titulo de juros.
Estão em causa quatro contratos de Cessão de
Créditos de Fevereiro, Março, e Maio de 2006, tendo por objecto facturas
relativas à venda de mercadorias e prestações de serviços da Sociedade Viga
d´Ouro Lda ao Município de Silves.
Em todas
essas situações, foi redigido um ofício com o seguinte assunto: “ confirmação de crédito e
pagamento”, tendo aí sido ” assumida a obrigação de pagar integralmente os créditos até ao dia
10 de Agosto de 2007, renunciando no imediato a invocar quaisquer direitos…”
Ofícios
assinados pela Presidente na altura, Drª. Isabel Soares.
Sem ter informado
a Vereação não Permanente da existência do processo do BCP, o actual Presidente
Dr. Rogério Pinto, em 17-05-2013 despacha no sentido “ de remeter à PLMJ para contestar a Acção”. O que já
foi feito.
Acto
continuo, agendou na passada reunião “ a abertura de procedimento até ao montante de € 100 000, cem mil
euros” para despesas com escritórios de Advogados –PLMJ.
Sou claro e para que conste.
Nada tenho
contra esta Sociedade de Advogados, mas sempre defendi e pretendo que os
interesses da Câmara Municipal sejam defendidos por outros Advogados.
Estou
convicto que todas as questões deontológicas/morais/ legais foram observadas e
respeitas, mas como a Sociedade PLMJ já foi mandatária da Drª. Isabel Soares,
parece-me que deviam ser escolhidos outros profissionais forenses para a defesa
do Município.
Aliás, tal
já devia ter acontecido. Não compreendo assim, nem acompanho a decisão que o Presidente
Rogério Pinto tomou. Porque é que o fez, só o próprio poderá responder.
Não me ter
informado da existência deste processo, considero, no mínimo e para ser
simpático, um atitude infeliz, e merecedora do meu reparo.
Sempre fui
e sou solidário com os meus Colegas de Vereação. Tenho assim o Direito de ser
tratado da mesma forma. Ainda mais numa matéria com sérias repercussões na
nossa vida comunitária.
De facto os
próximos quatro anos vão ser complicados, com o que se vai sabendo…
Mas a situação pode piorar mais ainda,
Faltam os factorings da Caixa Leasing e
Factoring - Instituição Financeira de Crédito, SA no valor de € 987.517,81. O
que com os juros perfazem também uma quantia a rondar os dois milhões de euros.
Chegados aqui, assumo perante todos vós o compromisso de tudo fazer para responsabilizar quem nos trouxe até aqui.
Chegados aqui, assumo perante todos vós o compromisso de tudo fazer para responsabilizar quem nos trouxe até aqui.
Os
responsáveis têm nomes e têm que ser chamados. Não são desconhecidos.
Caso
merca a vossa confiança no próximo dia 29 de Setembro, essa será uma das minhas
prioridades.
Fernando
Serpa.
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