Como alguns sabem, no dia 23-09-2012, parte do empreendimento ”Fábrica do Inglês”, foi adjudicado à Caixa Geral de Depósitos, pela quantia de um milhão e trezentos mil euros. Concretamente, uma área de 5000m2, onde se falava que seria construído um hotel.
Poucos saberão que, parte do espólio, foi levado para o Arquivo de Faro, tendo a Câmara Municipal “disponibilizado os meios para esse fim”, conforme me respondeu hoje, na reunião camarária, o Presidente Dr. Rogério Pinto.
Há cerca de dois meses quando questionei o Executivo Permanente sobre a existência de um protocolo celebrado entre o Estado Português e a Fábrica do Inglês, nada sabiam. Depois apareceu uma fotocópia, não assinada com um clausulado que ainda me atormenta o espírito.
Hoje, 05 de Dezembro, em sede própria, voltei ao assunto e a gestão Isabel Soares/Rogério Pinto, continua a nada saber. Se o protocolo foi ou não assinado, e com que termos. Os da dita fotocópia ou outros?
Porque estamos a falar de um património de todos, os Silvenses têm o Direito de saber se existe protocolo, se foi assinado, por quem, e com que alcance.
Como também, como deixei registado em acta camarária, exijo saber se o depósito dos documentos em Faro é transitório ou não?
Quais foram os documentos que saíram de Silves para o Arquivo Distrital?
Como está a ser feita a conservação do espólio que ficou no Museu?
Que medidas de segurança foram adoptadas pela “Fabrica do Inglês”, Direcção Regional da Cultura, e pela Câmara Municipal, para proteger o que ainda se encontra no Museu, considerando o seu interesse publico? E, o que irá fazer.
Considerando que o espólio estava devidamente catalogado, descontando o material que foi para Faro, importa saber se o restante ainda se encontra dentro das quatro paredes do edifício do Museu?
E, quem é o responsável pelo espólio que lá permaneceu?
Aguardo assim que esta minha chamada de atenção, seja correspondida com os devidos esclarecimentos, e tomadas as medidas que se impõe para a manutenção e segurança do que ainda resta do Museu da Cortiça, distinguido em 2001 com o prémio Luigi Micheletti para melhor museu industrial da Europa.
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