No Diário de Notícias de ontem, consta esta notícia que de imediato reproduzo:
"Mais de metade dos quase 500 trabalhadores do grupo de distribuição alimentar e exploração de supermercados Alicoop/Alisuper, sediado em Silves, recorreu, há dois anos, a empréstimos no Banco Português de Negócios com o objectivo de injectar um total de 1,5 milhões de euros na empresa, de modo a salvá-la da falência. Agora, muitos deles, que garantem ter sido "pressionados" a contrair os empréstimos sob pena de despedimento, não sabem como vão pagar o crédito concedido para um prazo de dez anos e, que, segundo apurou o DN, vão desde 3500 a 20 mil euros. E todos os meses, têm prestações a liquidar.
O caso é ainda mais preocupante quando se prepara, a partir da próxima semana, o encerramento temporário de mais de 70 dos 87 supermercados, na sua maioria no Algarve, na sequência do plano de insolvência do grupo. A medida visa não agravar a dívida de 80 milhões de euros. O encerramento obrigará 400 funcionários a pedirem a suspensão dos contratos de trabalho, passando a receber do fundo de desemprego apenas 65% do valor dos seus salários, que, em muitos casos, variam entre os 600 e os mil euros.
"Contraí no banco um empréstimo no valor de 3500 euros e agora não sei como o vou pagar, pois será complicado ter de suspender o contrato de trabalho e depender do subsídio de desemprego. Tenho um filho e casa para pagar", disse ao DN Célia Rosa, que trabalha há 12 anos na empresa.
O presidente do Conselho de Administração do Grupo Alicoop/Alisuper, José António Silva, nega que alguém tenha sido pressionado a contrair empréstimos bancários para financiar a empresa. "Houve, isso sim, muita persuasão junto dos trabalhadores que, no futuro, serão sócios da empresa e dentro de 16 anos farão parte de um património de cerca de 140 milhões de euros", esclareceu ao DN aquele empresário. Apenas 60% dos funcionários aceitaram aquele plano com recurso ao crédito".
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário