quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Alicoop- plenário de 17-02-2010

Levei o assunto da Alicoop à reunião camarária pois pareceu-me que este órgão deveria solicitar, com carácter de urgência uma Audiência à Srª Governadora Civil, ao Ministro da Economia e ao Dr. Faria de Oliveira, Presidente do Conselho de Administração da CGD.
Principalmente a este que, para os mais esquecidos, foi Deputado eleito pelo Algarve, Ministro do Comércio e do Turismo e grande Amigo de Silves nas palavras da Drª Isabel Soares que eu subscrevi.
Pretendo assim,com essa modesta intervenção, contribuir para a viabilização do Grupo, única forma de proteger os trabalhadores ao assegurar-Lhes o emprego e os necessários meios de pagamento dos empréstimos que contraíram, em que a Alicoop foi avalista.
Sejamos claros, sem a viabilização, nada poderá ser amortizado...
Como poderão os trabalhadores com salários baixos pagar as amortizações? Pergunto eu.
A dita proposta foi aprovada por todos, com excepção da Presidente que se declarou impedida e se ausentou da sala.
Na reunião camarária, tive também o cuidado de chamar a atenção para o teor da carta, datada de 04-02-2010, dirigida pela CGD à Câmara Municipal que avança com um dado novo ao referir " que o assunto ( da insolvência) tem constituído preocupação da Caixa, em especial desde há cerca de 2 anos, perante o total incumprimento das obrigações de crédito assumidas pelo Grupo Alicoop".
Como compreenderão, se for Verdade, aqui reside uma das explicações para a resistência da CGD em não viabilizar o empréstimo de € 1,200 000 euros.
Aspecto esse que já foi desmentido pelo Dr. José António Silva.
No Plenário que se realizou nas instalações da Alicoop, tive o cuidado de pedir aos trabalhadores que se mantivessem unidos e não se deixassem partidarizar.
Não é o Governo do PS que está em causa, aliás, nunca participou em nenhum acto de gestão do Grupo, que se saiba, mas sim a CGD e o seu relacionamento com a Administração do Grupo Alicoop, e vice-versa.
Como tudo tem de ser dito no local próprio, na presença de todos li, em voz alta, a já célebre carta de 04-02-2010, incidindo sobre o paragrafo que acima transcrevi, solicitando que a Administração do grupo esclarecesse a Autarquia e os Bancos se cumpriu escrupulosamente o acordado.
Mas, o mais doloroso estava para vir. O Sindicato pediu aos trabalhadores que suspendessem os contratos até ao dia 20 de Fevereiro corrente,pois se o não fizessem o administrador da Insolvência os iria despedir.
Foi claro e directo nessa orientação, referindo ao de leve que nessa situação" com salários em atraso, o BPN não pode executar" os empréstimos.
Como este aspecto me preocupa e de que maneira, garanto-vos que irei estar atento, tendo bem presente aquilo que o mesmo sindicato escreveu há cerca de 2 anos sobre a situação dos empréstimos. Comunicado que tenho em meu poder e que julgo não ser ainda oportuno proceder à sua publicação.
Guardo para o fim a proposta do Vereador Rogério Pinto que, sem ter levado o assunto à reunião camarária, disponibilizou um autocarro que diariamente possa transportar os trabalhadores a Lisboa,permitindo assim uma "vigília diária", como lhe chamou, à frente da sede desse banco,enquanto não estiver assegurada a viabilização do Grupo.
O que nos surpreendeu a todos com tanta criatividade.

3 comentários:

  1. Interessante o seu post até porque suscita um sem número de questões.
    Coloco apenas uma questão.
    Porque não é equacionada a hipótese da Administração assumir, ela própria e principal responsável, a responsablidade pela dívida dos empregados, as vítimas deste imbróglio?
    Será que não oferece garantias suficientes à CGD? Não creio, porque terá património.
    Os números são frios e a CGD, perante incumprimento crónico, colocando a cabeça acima do coração só tem a resposta NÃO, a menos que surjam novas garantias.
    Se o Grupo tem viabilidade, quem melhor que a Administração para fazer um esforço?
    Eu tenho reservas, quando tomo conhecimento de que só daqui a dezasseis anos o Grupo valerá 140 milhões, segundo o mais alto responsável.

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  2. Parece-me compreensivel que o credor não aceite injectar mais dinheiro a uma administração que provou não ser capaz de apresentar soluções.
    Assim seria uma prova de seriedade esta administração colocar os seus lugares claramente á disposição, permitindo que sangue novo chegue ao negócio com ideias novas e quiça uma vontade nova.

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  3. Repare, existe um séria acusação da CGD ao Grupo Alicoop.
    Recuso-me a acreditar que seja verdadeira e até já foi desmentida pelo Administrador Dr. José António Silva.
    Daí que, na reunião da Câmara, ter sugerido que houvesse um desmentido formal.-
    Aguardo .

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