terça-feira, 21 de setembro de 2010

Socorro, estarei a mais nesta caminhada? Ou serão os principios que nos separam?

Para os mais distraídos ou para quem defende para os outros a regra de quanto pior melhor, simples corolário da inveja doentia que tão impregnada está na nossa cultura de vizinhança, gostaria de reafirmar que não entro nesse jogo.
Ninguém esqueça que atravessamos um momento muito conturbado na história do nosso Concelho com o encerramento de empresas, com recordes no despedimento, com a miséria mais do que envergonhada instalada nas nossas Famílias…
Para os milagreiros do costume que exigem o mundo inteiro, para aqueles que defendem tudo e o seu contrário, ou ainda para aqueles que fazem omeletas sem ovos, o momento é o adequado.
Eis que podem aproveitar para levantar bem alto a sua indignação. Esses que alimentam vãs quezílias… Criticam, mas nada fazem. São partes do problema e não da solução.
Não estou para aí virado. Esse não é o meu combate. Se tiver que ajudar, neste campo ou noutro, o executivo permanente com o meu voto não hesitarei, como não hesitei. Fá-lo-ei sempre que estiver em causa, decisões fundamentais para o desenvolvimento ( no presente, entenda-se sobrevivência) da nossa Comunidade. Lá estarei em cumprimento do meu último Mandato.
Sem receitas, a Autarquia não funciona. Aliás, pergunto-me como podem os Presidentes de Freguesia votar contra as taxas do IMI e exigir no mesmo instante, obras para as suas terras, sabendo que, com as receitas actuais, tal não é viável?
Não será preferível, negociar e arrancar da Câmara Municipal, aquilo que as suas populações aspiram? Não prestariam assim, um melhor serviço a quem os elegeu?
Bem sei, que a lógica partidária da política de terra queimada, tem destas maravilhas, mas enfim…
Claro está, o meu apoio não é gratuito. Pressupõe a elaboração de um Orçamento responsável, credível e passível de enfrentar as dificuldades que se avizinham em 2011.
Desde logo, é indispensável e imprescindível controlar as despesas. Daí a proposta da Vereação do PS para que os Serviços apresentem o respectivo caderno de contenção de despesas.
Aguardo também, com elevada expectativa, a proposta do Executivo Permanente em sede do Orçamento sobre a mesma matéria.
Segue-se-lhe como minha primeira prioridade: a Acção Social. A Autarquia, tem de estar preparada para intervir no flagelo social que já se vive na nossa comunidade, apoiando directa e indirectamente as Entidades que, no Concelho, prestam serviços de índole social. As verbas que lhe são destinadas, têm de ser especialmente reforçadas. Ou iremos fazer de conta que nada se passa? Se nada se souber, melhor, pensarão alguns. Assim, sempre se evitarão problemazitos de consciência.
Tem de haver também uma verdadeira politica local de apoio às Familias, nomeadamente apoio á maternidade e paternidade, auxílio ás Familias com necessidades especiais,onde se incluem as que têm filhos deficientes,maior apoio na educação e formação humana, e por aí fora...
Finalmente, impõe-se uma maior articulação com as nossas empresas. Principalmente com aquelas que atravessam dificuldades.
O lema “ as nossas empresas primeiro” tem de ser uma realidade.
Sem falso pudor, afirmo que tem de haver aqui uma discriminação positiva. Aliás, outros concelhos já o fazem, pelo que até não seremos inovadores nesta matéria.
Revolucionários seremos, se os pagamentos, forem a tempo e a horas.
A Alicoop foi um bom exemplo, mas existem outras que esperam pela nossa intervenção. Nesse sentido, propus na passada reunião, aquando da discussão do IMI, que a Vereação assumisse as suas responsabilidades e se reunisse com as nossas Empresas na procura de soluções que, passam inevitavelmente pela encomenda de obras pois é disso que se trata.
Gerar riqueza local é um imperativo imediato, um desafio inadiável face ao fantasma do desemprego que já mina a nossa comunidade.
Tudo indica que irei ser desautorizado... Continuarei, porém, a defender os princípios em que acredito. Sozinho…ou acompanhado, mas seguramente não com os mesmos de sempre.

11 comentários:

  1. Importa-se de repetir o que tem dito e escrito sobre a famosa aliança pagã?

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  2. Volto a perguntar: importa-se de repetir o que escreveu e/ou disse sobre a aliança pagã?
    Como já é a 2ª vez que coloco este comentário e o vereador não o publica depreendo que é, para si, um pouco incómodo.
    Pois se não o colocar visivel vou publicá-lo em todos os blogs que se debrucem sobre questões do concelho e escrevo que o vereador tem um elevado défice democrático!

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  3. Após leitura atenta do seu artigo deu-me uma vontade enorme de o questionar acerca do seguinte: APOIAR O COMERCIO TRADICIONALE EMPRESAS LOCAIS???? A Câmara de Silves???? deve ser para rir!! Antes ainda organizavam aquelas feiritas na Fissul em que participavam os comerciantes do concelho e se fazia o desfile de moda para ajudar a "escoar" os produtos que as lojas tinham! Agora de MAL A PIOR!! Faz-se uma feira grande com tudo o que é comerciantes a retalho do algarve inteiro para vir a Silves! e os nossos?? onde está o apoio desta câmara aos comerciantes e empresarios locais? ONDE ??

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  4. Estamos completamente de acordo , basta de fazer Politica da Terra Queimada , já vem de muitos Anos atraz , daqueles que não fazem nem deixam fazer , só pelo facto do Partido ser outro a apresentar o projecto !
    Basta ver o problema do Rio Arade , só não está desassoureado por Politica Partidaria , e outras mais obras , não se fazem pelo mesmo motivo !
    enfim , será que ainda vai a tempo ?
    Obrigada

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  5. Então o Srº Vereador ainda se lembra das denuncias que tem feito por aqui ?
    afinal a tal Comissão de Transito ainda está de Férias ? Será que Silves não tem direito a podermos circular bem ? Entre outras coisas , é de lamentar continuar-mos na mesma ! para a Comissão de Transito Reunir será preciso dinheiro para horas extraordinárias ?
    Naquelas coisas que necessita de euros , vá que não vá , mas modificar uma coisa , que pode ser feito com Mão d´obra da Cãmara !
    tenham paciencia !

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  6. Exº Senhor
    Drº Fernando Serpa


    Ao ler o seu posto reconheço que ficou ligeiramente incomodado com o seu voto. Mas ainda falta uma etapa a Assembleia Municipal.
    Ai sim veremos se os nossos políticos merecem a pouca credibilidade que ainda nutrem do povo que os elegeu.

    Segundo o que já li, propôs o PS um referende sobre a compra da fabrica do inglês ou da Fábrica do Tomate.
    E que tal não questionar o Povo se concorda com os aumentos do IMI e IMT. Não vejo qual é o medo de questionar o povo e este votar após ouvir os argumentos de ambas as partes.

    Acredito que o Srº democrata como é, aceita a opinião dos seu munícipes.

    Em Relação as Juntas questiono, apesar de não obter resposta do Srº Vereador, quem consegue melhor gerir o dinheiro que lhes é distribuído, as Juntas de freguesia ou as Câmaras?

    Se estão asfixiar as empresas com mais impostos que incentivos querem dar?
    Vejamos a construção, Aumentou as licenças camarárias os preços dos terrenos, dos impostos, dos materiais, dos impostos e o preço das habitações diminuiu, os créditos são mais difíceis. Questiono que incentivos vão dar ás empresas?

    Já agora solicitava que respondesse as minhas questões colocadas anteriormente que possivelmente não reparou.

    com os melhores cumprmentos

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  7. Meu caro Dr. Fernando Serpa, as empresas não suportam mais impostos, mais pessoal, mais taxas municipais,mais, mais e mais.
    As Câmaras Municipais para aguentarem o número de funcionários que têm, aumentam taxas estupidamente, e, como o Sr. sabe a de Silves não tem receitas,e se continua assim a aumentar taxas não deve tardar muito que os serviços jurídicos vão ficar entupidos de processos e as Assembleias irão virar a autenticas batalhas de denuncias da exploração camarária ao municipes.

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  8. Corre Costas:
    É na diminuição da despesa que está a solução para o equilíbrio das contas. É acabar com as manifestações sumptuosas e de gastos exorbitantes, ditas culturais, que mais não servem, do que, campanhas eleitorais permanentes e à auto-satisfação de egos incultos de novo-riquismo serôdio.
    Se cada membro do executivo camarário, reduzisse em 50% a quota dos apaniguados, protegidos e afilhados, a que deram guarida nos serviços camarários e afins. Os contribuintes agradeciam pelo desentupimento dos corredores, de gente que nada faz -nem sabe- e não seria necessário aumentar o IMI para suprir as despesas correntes.

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  9. Se reduzissem os funcionários da Cãmara , dos 700 ou mais para 400 se calhar ainda são muitos para o serviço que apresentam , cada 10 funcionários tem um chefe , mais um acessor, mais outro acessor para ajudar o outro , enfim não vale apena muitas justificações porque toda a gente sabe e vei !
    só com pessoal a Camara gasta de certeza todo o dinheiro , tenham paciencia ! são todos iguais !

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  10. Concordo plenamente com o que foi dito.
    Por isso aguardo impacientemente as propostas de redução de despesas que apresentei na passada reunião.
    Como também estou expectante para conhecer o próximo orçamento do Executivo permanente.

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  11. Ó Dr. Fernando Serpa, não acha que no Algarve há muitos advogados competentes? Então porque é que o Executivo teve que os ir contratar no mais prestigiado grupo de Portugal? Porque temos muito dinheiro ou problemas muito graves? Os honorários pagos vieram complicar a situação económica da Cãmara, facto que fez com que solicitassem o aumento do IMI. Gastassem menos e com mais ponderação que é o que eu tento fazer na minha casa!

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