Para os mais distraídos ou para quem defende para os outros a regra de quanto pior melhor, simples corolário da inveja doentia que tão impregnada está na nossa cultura de vizinhança, gostaria de reafirmar que não entro nesse jogo.
Ninguém esqueça que atravessamos um momento muito conturbado na história do nosso Concelho com o encerramento de empresas, com recordes no despedimento, com a miséria mais do que envergonhada instalada nas nossas Famílias…
Para os milagreiros do costume que exigem o mundo inteiro, para aqueles que defendem tudo e o seu contrário, ou ainda para aqueles que
fazem omeletas sem ovos, o momento é o adequado.
Eis que podem aproveitar para levantar bem alto a sua indignação. Esses que alimentam vãs quezílias… Criticam, mas nada fazem. São partes do problema e não da solução.
Não estou para aí virado. Esse não é o meu combate. Se tiver que ajudar, neste campo ou noutro, o executivo permanente com o meu voto não hesitarei, como não hesitei. Fá-lo-ei sempre que estiver em causa, decisões fundamentais para o desenvolvimento ( no presente,
entenda-se sobrevivência) da nossa Comunidade. Lá estarei em cumprimento do meu último Mandato.
Sem receitas, a Autarquia não funciona. Aliás, pergunto-me como podem os Presidentes de Freguesia votar contra as taxas do IMI e exigir no mesmo instante, obras para as suas terras, sabendo que, com as receitas actuais, tal não é viável?Não será preferível, negociar e arrancar da Câmara Municipal, aquilo que as suas populações aspiram? Não prestariam assim, um melhor serviço a quem os elegeu?
Bem sei, que a lógica partidária da política de terra queimada, tem destas maravilhas, mas enfim…
Claro está,
o meu apoio não é gratuito. Pressupõe a elaboração de um Orçamento responsável, credível e passível de enfrentar as dificuldades que se avizinham em 2011.
Desde logo,
é indispensável e imprescindível controlar as despesas. Daí a proposta da Vereação do PS para que os Serviços apresentem o respectivo caderno de contenção de despesas.
Aguardo também, com elevada expectativa, a proposta do Executivo Permanente em sede do Orçamento sobre a mesma matéria.
Segue-se-lhe como minha primeira prioridade: a Acção Social. A Autarquia, tem de estar preparada para intervir no flagelo social que já se vive na nossa comunidade, apoiando directa e indirectamente as Entidades que, no Concelho, prestam serviços de índole social. As verbas que lhe são destinadas, têm de ser especialmente reforçadas. Ou iremos fazer de conta que nada se passa? Se nada se souber, melhor, pensarão alguns. Assim, sempre se evitarão
problemazitos de consciência.
Tem de haver também
uma verdadeira politica local de apoio às Familias, nomeadamente apoio á maternidade e paternidade, auxílio ás Familias com necessidades especiais,onde se incluem as que têm filhos deficientes,maior apoio na educação e formação humana, e por aí fora...
Finalmente, impõe-se
uma maior articulação com as nossas empresas. Principalmente com aquelas que atravessam dificuldades.
O lema “
as nossas empresas primeiro” tem de ser uma realidade.
Sem falso pudor, afirmo que tem de haver aqui uma discriminação positiva. Aliás, outros concelhos já o fazem, pelo que até não seremos inovadores nesta matéria.
Revolucionários seremos, se os pagamentos, forem a tempo e a horas.
A Alicoop foi um bom exemplo, mas existem outras que esperam pela nossa intervenção. Nesse sentido, propus na passada reunião, aquando da discussão do IMI, que a Vereação assumisse as suas responsabilidades e se reunisse com
as nossas Empresas na procura de soluções que, passam inevitavelmente pela encomenda de obras pois é disso que se trata.
Gerar riqueza local é um imperativo imediato, um desafio inadiável face ao fantasma do desemprego que já mina a nossa comunidade.
Tudo indica que irei ser desautorizado... Continuarei, porém, a defender os princípios em que acredito. Sozinho…ou acompanhado, mas seguramente não com os mesmos de sempre.