O tempo passa mais depressa do que se julga.
Há cerca de um ano, debateu-se na Freguesia de São Bartolomeu de Messines, a fusão da Caixa da Vila com a sua congénere de Silves.
Não irei aqui explanar os motivos que me levaram a votar contra. Pois, não quero desviar a vossa atenção do tema que nos deve preocupar a todos no presente.
No entanto pretendo, trazer ao vosso conhecimento, um pequeno episódio que nos ajudará a enquadrar o desespero de muita gente e ler nas entrelinhas o que agora se pretende.
Na discussão acalorada da reunião que levaria os cooperadores da Caixa Agrícola de Messines a vetar o negócio de interesses, entenda-se casamento com a dama de Silves, foi elaborada e aprovada, em tempo recorde uma acta.
Acta essa que, curiosamente, ou não tão assim, foi entregue à Srª. Presidente da Câmara Municipal que, passados dois dias, me interpelou sobre o teor da minha intervenção, ameaçando que, por não ter tido o comportamento desejado, podia ter que responder noutra instância. Tudo a quente, naturalmente...
Diga-se em abono da Verdade que, nessa reunião camarária, o actual Director da Caixa Agrícola, ex- Vereador José Manuel teve a lealdade de informar a Vereação que a minha intervenção em nada foi difamatória de Terceiros mas, sim em defesa da Colectividade.
Posto isso, sejamos claro. Na altura referi e hoje reafirmo que, para mim, a fusão pretendida, tinha um objectivo imediato muito claro: permitir a compra da Fábrica do Tomate mediante a concessão de um empréstimo. Já que a Caixa de Silves de per si o não podia fazer, ou o não queria fazer isoladamente. Ah, os malditos rácios.
Segunda nota, leva-me à actual situação financeira da Câmara, em nada conducente com aventuras.
Não me interessa, nem irei reter a capacidade de endividamento da Autarquia. Esse argumento é falacioso, como de seguida demonstro.
O cerne desta questão deve levar-nos a percorrer outros horizontes.
Em período de grave crise económica, com significativa quebra nas receitas na casa dos 25%( principalmente IMI e IMT), temos de ser comedidos. Aliás, parece-me evidente que o momento é de contenção. Por muito que o projecto seja apetecível, tem de ser questionado o seu financiamento e o seu lugar na escala de prioridades da nossa comunidade.
Simples bom senso, digo eu.
Mas há mais. Como justificar a pressa na compra, se é sabido que a Câmara tem preferência na venda? Pode sempre exercer o Direito de preferência dentro de seis meses a contar do dia da escritura, sabendo que por Lei é sempre notificada desse negócio.
Reconheço que estou perturbado mas, ainda mais fico, quando, num período de profunda crise imobiliária, com descida abrupta de preços, o valor ora apresentado e proposto pela Srª. Presidente de € 1 940 000, é apenas inferior em € 40 000 ao que foi estipulado há 12 meses. Tanto mais que não são conhecidas outras propostas.
Parece-me pouca a diferença, e muito o valor pretendido, salvaguardando sempre o Direito do vendedor fazer a proposta que achar por bem. Nem tal aspecto é discutível, nem entro por aí.
Mas também exijo que não discutam o meu na defesa daquilo que julgo ser o interesse da Autarquia.
Finalizo, introduzindo uma nota final que, por mero lapso,ou falta de espaço, não é versada na proposta da Srª. Presidente, mas deveria sê-lo. Já alguém procurou conhecer o valor da recuperação da Fábrica do Tomate que está fechada há dezenas de anos?
È que esse valor deve ser somado, ao valor da compra, de forma a fixar o montante do investimento.Ou não deverá ser assim?
Parece-me incorrecto comprar e depois logo se ver que utilidade dar ao local face ao seu estado actual.
Acrescento que a Concelhia do PS, irá reunir-se amanhã e naturalmente este assunto será aí tratado. Pelo que, como compreenderão, não obstante já ter tomado uma decisão, irei aguardar pelo sentir do meu grupo.
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Aqui temos um assunto entediante para quem sofre na carne os efeitos da crise.
ResponderEliminarEntão a Cãmara não tinha dinheiro para comprar a Fabrica do Espanhol (Senhor Carlos Pinto ) por cerca de 400.000 euros e que bem necessitava , pela sua situação na cidade e não só , como é possivel agora vir com essa da fabrica do tomate ? por tanto dinheiro !
ResponderEliminarQuanto a dinheiro não há problema, comprem as duas e instalem um metropolitano de superfície até à Norinha para que o Pessoal possa ir almoçar.
ResponderEliminarÉ fácil e quanto a dinheiro estamos falados.
Falem com o Valentim que tem muita experiência na área dos metropolitanos de superfície. Se conseguirem levar a linha até à Pedreira podem adquirir logo o armazém da Alicoop, Ali, ao lado. Era giro, não era? Dinheiro não falta.
ResponderEliminarFalem com o Zé, o Paulo, o Manel.
Se têm assim tanto dinheiro , já podiam ter começado a limpar o Rio Arade ,junto hà Ponte Romana e chamar a senhora Ministra para ver o efeito !
ResponderEliminartenham verganha ao saber gerir o pouco que nos resta !
se nestes trêz meses já baixaram as receitas tanto no IMI e IMT em cerca de 120.000 euros aonde vão arranjar o resto ?
So preciso de saber uma coisa. Quem sao os proprietarios da dita fabrica?
ResponderEliminarVai sem acentos pois estou fora....
Podem explicar porque não percebi.
ResponderEliminarA fundação oriente é dona da fabrica do tomate? Mas como?
Que crâneos extraoordinários nós temoa a pensar "Silves".
ResponderEliminarAlguém pode duvidar da monstruosidade que seria a Câmara comprar a Fábrica do Tomate pelo valor referido?
É preciso ter muita lata.
Perdem tempo a pensar como desbaratar o que nem existe. Que tristeza.
Se a Fábrica do Tomate fosse oferecida talvez valesse a pena perder algum tempo a pensar, comprada é que não se admite que percam tempo. Poupem a massa cinzenta, se é que existe?
Vamos então agir em conformidade com as ordens desta vez do Drº Ferreira ?
ResponderEliminarHouve eleições no PS Silves, e só houve uma lista.
ResponderEliminarPor isso, ganhou quem ganhou.
Aguardem o trabalho, para julgarem os intérpretes.
Sobre a Fábrica, penso aprofundar o tema amanhã.
ResponderEliminarHouve Eleições no PS em Silves , é verdade mas quem deveria apresentar outra lista não apresentou , depois aparecem aqueles que nunca querem mas que estão desejando , e como não apareceu mais ninguem de nada já não passa o Drº Ferreira faz um favor em aceitar mais uma vez ! Nada +nada = não podemos julgar os interpretes ,porque já foram julgados noutras ocasiões !
ResponderEliminarO Senhor Drº Serpa não vale apena insistir mais , pois essas pessoas já não representam nada em Silves !
Nem dentro do próprio Partido essas pessoas que fazem parte agora da Comissão Politica , são reconhecidas !
ResponderEliminarPois foram para lá porque mais ninguem quis!
Eles dão-se ao lucho de desperdiçar militantes válidos , e alguns outros simpatizantes não aderem pelos mesmos motivos ! essa é a verdade Drº Fernando Serpa , diga isto ao Drº Ferreira porque é a verdade ! aliais , o senhor tambénm o sabe ! ao que chegamos , os rostos do Partido Socialista no Concelho , são outros !