domingo, 22 de agosto de 2010

Armação de Pêra estará condenada a viver com um cíclico problema ambiental?












Fui alertado por um Armacenense para o problema do costume que importa divulgar e contribuir dessa forma para evitar que se repita:
“Armação de Pêra têm na sua origem a comunidade de pesca local, que se mantém até aos dias de hoje com as dificuldades que são do conhecimento da maioria de todos nós.
A escassez do pescado as rígidas normas comunitárias, os elevados custos de manutenção das embarcações, ditam uma dura realidade para todas as comunidades de pesca artesanal, não só do nosso concelho, de todo o país.
São os nossos políticos, para o caso que exponho, será acima de tudo a politica autárquica, que tem de ter a consciência e a responsabilidade de tudo fazer para proteger a comunidade de pesca local, que está à beira de se extinguir.
São os pescadores da vila de A. de Pêra, actualmente, importante património social, do Concelho de Silves, contam toda uma história que, acredito, ser importante preservar e proteger, a bem da identidade e interesse da vila.
Por tudo isto, não há forma de conseguir compreender o porquê de tanta negligência em relação ao rio da vila.
Poderia ser um caso pontual, mas não é. A mortandade de peixes no rio da vila tem sido uma constante ao longo dos anos.
Um rio que é um viveiro natural de todas as espécies de peixe que deveria ser mantido aberto, é actualmente um motivo de tristeza para todos os que assistem ao crime que as imagens testemunham.
Hoje, dia 22 de Agosto de 2010, assistimos mais uma vez à agonia dos cardumes que tentam chegar ao mar. Em desespero, não conseguem. Se o rio não for aberto hoje, a falta de oxigenação triplicará a tragédia.

Não há tempo a perder, acrescento eu.
Quem manda na Junta de Freguesia e na Câmara Municipal já foram informados do problema mas remeteram a sua resolução para a ARH com o argumento de que a Autarquia não tem competência nessa matéria.
Não aceito tal lavar de mãos. Tanto mais que a situação se repete ano após ano. E, pelo que vejo, Pilatos continua a fazer escola…
Como Vereador, não posso admitir que, uma vez mais, a comunidade seja confrontada com esta insustentável situação. Na política, como em tudo na vida, importa apostar na prevenção. No fundo, devemos estar preparados para responder a situações que sabemos poder ocorrer com um grau elevado de probabilidade. Antecipar para agir com eficiência, tem de ser o lema.
No caso em apreço, verifico que, aparentemente,nada foi articulado com a Tutela e assim voltamos a viver um drama já nosso conhecido.
Estar à espera da ARH para intervir,sem saber quando, potenciando a mortandade de peixes,contribuindo assim para um novo atentado ambiental, parece-me uma má decisão. Existe um problema de força maior, e como tal tem de ser atacado. Mas para isso é preciso coragem,poder e vontade politicas.
Eu, não hesitaria, agiria. Como também o farei para apuramento de responsabilidades se nada for feito a tempo de evitar a maior mortandade que se avizinha.
Para que se saiba, procurei contactar o Dr. Rogério Pinto para Lhe manifestar a minha preocupação e pedir-Lhe que intervenha, podendo contar, como sempre, com a minha solidariedade. Infelizmente não o consegui.
Finalizo, referindo que, como espécie dominante, o ser humano tem deveres para com as restantes espécies. A mais importante é desde logo a preservação.Ainda mais, quando são o sustento de uma comunidade piscatória que importa acarinhar.
Mas isso são contas de um outro rosário, aparentemente esquecido em Armação de Pêra que importa recuperar. Tentarei fazê-lo.
Ah, já me esquecia de partilhar o que me disseram na Vila. Será que “ a nossa junta quando quer manda as máquinas abrir o rio”. Será mesmo Verdade pois, se assim for…

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