Alcantarilha- Rua das Palmeiras. Um péssimo exemplo bem revelador da descoordenação existente na Câmara Municipal de Silves.

Uma vergonha, o que presentemente se passa na Rua das Palmeiras.
Temos um estaleiro clandestino montado numa das principais ruas de Alcantarilha e que se encontra abandonado há cerca de cinco meses, por as obras terem sido embargadas pelo IGESPAR.
Grave, mesmo muito grave!!!
Ainda mais se quem ordenou o inicio dos trabalhos desconhecia a existência da muralha e a sua zona de protecção. Ou pior, se conhecia mas pensou que nada aconteceria, se fossem rápidos e eficazes...Antes de o ser, já o era, fez-se.
Como Vereador não acompanho esta forma de gestão.
A Autarquia não está à margem da Lei. Não pode exigir pareceres aos particulares que para si dispensa. A Lei é para ser cumprida independentemente do actor ser público ou privado.
Faz o que eu digo, não sigas o que faço, no seu pior.
Mas o mal está feito com todo o incómodo que isso trouxe para os residentes que esperavam outro tipo de reacção da Autarquia perante o estado caótico da Rua.
Vejam os buracos á entrada das casas, apreciem as tampas levantadas dos esgotos sem qualquer protecção, admirem os materiais por lá deixados sem critério, e avaliem o pó que entra porta dentro das moradias... Um sufoco e mal-estar permanente.
E tudo acontece há cerca de cinco meses.
Inadmissível mesmo!!!
Na última visita que fiz na passada Quarta, ao local, com o Sr. Presidente da Junta, meu estimado Amigo João Palma, fui interpelado por alguns residentes que manifestaram todo o seu desagrado e insatisfação pelo abandono a que foram vetados pela Câmara.
Têm toda a razão.
Já era tempo que algumas medidas, simples de fazer, tivessem sido tomadas para aliviar o problema enquanto não chega autorização para o reinício dos trabalhos.
Assinalar as zonas perigosas, remover os materiais abandonados ou arrumá-los convenientemente, tapar alguns buracos…de vez em quando por lá passar um camião para aplacar o pó, tudo de fácil resolução, se houvesse vontade política.
Mas nada disso está pensado. Nem a moção aprovada pela Assembleia de Freguesia, proposta pelo PS, nem as sucessivas reclamações apresentadas pelos residentes junto da Autarquia surtiram qualquer efeito. Aliás, nem se dignaram responder.
Errar, é grave, mas não reconhecer o erro é ainda pior.
Bem sei que não se avizinhem eleições, mas o bom senso e a responsabilidade do serviço público impõe outro tipo de postura por parte de quem manda na Câmara.
Por isso, para não ser alegado desconhecimento, atrevia-me a sugerir ao titular do Pelouro das obras que utilizasse a rua sempre que vem de Armação de Pêra e se dirige a Silves. Talvez assim, fossem tomadas algumas decisões que se impõe há muito, todas elas simples, como aquelas que acima indiquei mas que atenuariam o transtorno de quem por lá vive e paga os seus impostos.
Tanto mais que, segundo apurei, a rua terá de ser novamente rasgada para se proceder aos devidos estudos arqueológicos.
Pela sua gravidade, a situação não pode ser esquecida, nem branqueada. Por isso, será levada a sede própria para apuramento político e jurídico do que passou e se passa.
No entretanto, espero que haja bom senso para a tomada urgente de decisões transitórias que venham de encontro ás expectativas dos residentes.