Tenho recebido alguns pedidos para me pronunciar sobre a actual situação retratada pelo comunicado da Direcção Nacional do sindicato CESP.
Pois bem!
Fiquei seriamente preocupado com o que li.
A ser verdade, contraria frontalmente todas as promessas feitas, prejudica o elo mais fraco numa altura em que o subsidio do desemprego caminha para o seu fim, provoca a caducidade dos contratos individuais de trabalho de todos os trabalhadores, assume 20% dos créditos dos trabalhadores que serão pagos em 40 prestações mensais, sendo a primeira paga 36 meses depois da Assembleia de Credores aprovar o Plano…se nessa altura houver dinheiro, e se a nova empresa ainda existir, dispor de património para o fazer, e não ter entrado em processo de insolvência. O que espero que nunca aconteça...
Merece também honras de destaque, a situação do empréstimo dos trabalhadores contraído junto do BPN.
Diz-se por aí , e consta do comunicado que o novo “ plano propõe que a empresa a constituir ficará a pagar ao BPN a divida contraída pelos trabalhadores para injectar fundos na Aliccoop, via Urbisul, inclusive propõe que haverá a devolução aos trabalhadores de prestações que, entretanto tenham sido pagas por estes, após a declaração de insolvência, ao banco.”
Tudo bem. È o desejo de todos.
Mas já agora, gostaria que alguém me esclarecesse se no dia em que o Plano for aprovado pela Assembleia de Credores, os mutuários que, são os trabalhadores, ficam desobrigados dessa responsabilidade?
Ou dito por outras palavras, constará no novo Plano que, será levado á reunião magna a ser realizada nos primeiros dias do próximo mês de Novembro, uma declaração do BPN nesse sentido?
A pergunta é muito simples e directa. O BPN, com o novo Plano, abdica das garantias prestadas pelos trabalhadores (? ) quando subscreveram individualmente uma quantia a rondar o milhão e setecentos mil euros?
È que, se assim não for, voltamos a alimentar a ilusão de que, a nova empresa honre o acordado, que tenha meios para o fazer, que nunca entre em processo de insolvência…espero que nunca seja o caso.
Por isso, pergunto a quem sabe, que nos esclareça em que momento será esta divida paga ao dito banco?
No dia em que este for aprovado? No dia a seguir? Numa só prestação ou em 40 prestações mensais, verificando-se a primeira em Dezembro de 2014, daqui a 36 meses?!!!
Da solução encontrada para o que deixei escrito, dependerá o futuro de muitas Famílias.
Apelo assim, a que haja bom senso. Solicito que sejam esclarecidos os trabalhadores quanto aos efeitos práticos das decisões que vierem a ser tomadas.
A verdade não tem contornos. A Dignidade, muito menos…
Por isso, irei fazer tudo o que estiver ao meu alcance na defesa dos trabalhadores.
O assunto será assim levado á próxima reunião camarária e proposto nesta, a realização urgente de uma reunião com a Administração do BPN.
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