Um dos processos que me tem atormentado ao longo dos anos, e me levou a inúmeras intervenções públicas e políticas, prende-se com a Cooperativa Che do Enxerim, Silves.
Ainda hoje, na recta final do desfecho mais do que previsível, me interrogo sobre as razões que conduziram um projecto de habitação a custos reduzidos ao desastre.
Procuro compreender como é que a Autarquia cedeu o terreno, e não providenciou para que ficasse assegurada a contrapartida de sete apartamentos, como aliás e bem, posteriormente procedeu o IHRU, garantindo o seu investimento.
Ou seja, na prática, cedeu-se o terreno em troca de uma mão vazia de nada.
Como foi possível a Cooperativa ter de recorrer á via judicial, através do Tribunal Fiscal e Administrativo de Loulé para a “intimar judicialmente a Presidente da Câmara Municipal de Silves, para a prática de acto legalmente devido”?
Um absurdo, convínhamos.
Atrasos, e mais atrasos, acrescento ainda, seguramente com consequências nefastas a nível da gestão que, além deste factor, merece e tem de ser questionada.
Como foi possível que as relações se deteriorassem a tal ponto, entre os intervenientes, que prejudicasse irremediavelmente dezenas e dezenas de Famílias que investiram no projecto as economias de toda uma vida?
Grave e merecedor de repúdio por parte de quem de Direito.
Há cerca de ano e meio, a Vereação Socialista, nos termos legais, marcou uma reunião extraordinária para, fazendo o ponto da situação, serem tomadas as medidas que, em desespero de causa se impunham.
Só que nada foi feito, tempo perdido, energias dispensadas em vão…em prejuízo de todos.
Nota curiosa, ou nem tanto assim, ainda não me foi entregue a acta dessa reunião extraordinária.
Porque será?
Aguardo assim, a notificação judicial para prestar declarações no Ministério Público.
Como por aí se diz, a responsabilidade não pode morrer solteira. Muitas Famílias foram lesadas e exigem o meu total empenho.
Tentarei fazê-lo e merecer a confiança que em mim depositaram.
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Se a vergonha tivesse uma cor, provavelmente estaria coberta por ela, neste momento.
ResponderEliminar"Procuro compreender como é que a Autarquia cedeu o terreno, e não providenciou para que ficasse assegurada a contrapartida de sete apartamentos, como aliás e bem, posteriormente procedeu o IHRU, garantindo o seu investimento.
ResponderEliminarOu seja, na prática, cedeu-se o terreno em troca de uma mão vazia de nada."
Será a coisas destas que se pode chamar "Gestão danosa"?